Estou de malas aviadas. Mais precisamente esta, e cheia de notas monetárias denominadas por euros.
2011 cá vou eu.
Tive uma epifania depois de ler o meu horóscopo de 2011. Foi isso.
2011 cá vou eu.
Tive uma epifania depois de ler o meu horóscopo de 2011. Foi isso.
- Então, 'tás bem?
- Não. Estou triste!
- Porquê?
- Tenho o colesterol alto. Significa que tenho de passar a comer verdes. Vou morrer!
- Não. Estou triste!
- Porquê?
- Tenho o colesterol alto. Significa que tenho de passar a comer verdes. Vou morrer!
A ideia de jovens encarcerados numa escola de elite aparenta ser o bom sustento de uma história misteriosa e intensa. Assim o é, numa melancolia subjacente às sonoridades de Rachel Portman, que fazem pesar o cenário tipicamente britânico. Desenvolve-se um amor evidente entre o trio de personagens que pouco sabem do seu futuro. Se possuem almas, para nós observadores, é certeiro. E aqui, cresce aquela angustia ao sentir as pisadas daqueles fantoches, que vagueiam entre cenas para o final sem sal.
A palidez cinematográfica pouco deixa sobressair a classificação científica que rege a vida das personagens, apela então à nossa imaginação para tentarmos perceber por que, no momento da verdade, nenhum dos três tenta alterar desesperadamente o escopo que lhes aguarda. Trágico, sensível e sensaborão para quem procura um filme que aqueça o coração.
Kazuo Ishiguro salienta, de novo, nesta ficção a sua obsessão pelas memórias que assombram o presente, a perda, a dor, a superação. Como a vida pesa, para alguns.
Então vá vamos todos começar com a loucura do fim-de-ano.
Ou começo-de-ano?
Ou começo-de-ano?
- Ele não me larga.
- Quem?
- O meu rabo.
- Quem?
- O meu rabo.
Estou numa de OPAAAA... Aquisição assim-assim agressiva de amigos, amizades e afins.
É Natal!Dou abraços de borla.
Pensem nisso.
É Natal!Dou abraços de borla.
Pensem nisso.
Tinha oito anos quando aprendi a língua portuguesa. Até lá, arranhava aquilo que para mim aparentava ser uma linguagem bizarra, que os meus familiares falavam. Muitas horas de aulas extras na terceira classe, uma medalha de honra no final da primária. Porque dei tudo o que tinha a dar para compreender as palavras de Camões. Porque debaixo do braço, agarrava-me aos livros. A todos eles. Dos clássicos de Enid Blayton à simples banda desenhada de Tim Tim. As histórias reportavam-me ao meu mundo imaginário, uma espécie de aparição do meu futuro. Ali, sentia-me em casa.
E é em casa que tenho estado. Fisicamente. Os meses passam, o tiquetaque do relógio perfura as paredes, a intensidade do tempo é imensurável. A frustração corrói a minha alma. A cabeça vive nesta clausura, safa por existir a Internet. Neste abismo abstracto dou asas à imaginação, bato à porta de sítios que dizem ter trabalho. É a minha oportunidade. Perdi o rasto da quantidade de currículos que já enviei. Bem sei que apenas alguns lhe deram atenção, ainda assim, por um motivo ou outro, não correspondi aos critérios. Gosto de abusar, nestas situações, de frases feitas «porque não tinha de ser», só porque fazem sentido.
É Natal.
À minha volta vejo as pessoas de mãos abertas para receber e fechadas para dar. Eu tenho a minha aberta para dar, dar o meu melhor. Peço apenas, sem pudor, que este ano no meu sapatinho me caia o melhor presente de sempre. Um emprego. E de preferência naquilo que nunca, jamais, hei-de desistir - jornalista. Para continuar a dar de mão aberta aquilo que nasci para ser.
Ps: A todos um Bom Natal porque este é o melhor que eu hei-de ter.
E é em casa que tenho estado. Fisicamente. Os meses passam, o tiquetaque do relógio perfura as paredes, a intensidade do tempo é imensurável. A frustração corrói a minha alma. A cabeça vive nesta clausura, safa por existir a Internet. Neste abismo abstracto dou asas à imaginação, bato à porta de sítios que dizem ter trabalho. É a minha oportunidade. Perdi o rasto da quantidade de currículos que já enviei. Bem sei que apenas alguns lhe deram atenção, ainda assim, por um motivo ou outro, não correspondi aos critérios. Gosto de abusar, nestas situações, de frases feitas «porque não tinha de ser», só porque fazem sentido.
É Natal.
À minha volta vejo as pessoas de mãos abertas para receber e fechadas para dar. Eu tenho a minha aberta para dar, dar o meu melhor. Peço apenas, sem pudor, que este ano no meu sapatinho me caia o melhor presente de sempre. Um emprego. E de preferência naquilo que nunca, jamais, hei-de desistir - jornalista. Para continuar a dar de mão aberta aquilo que nasci para ser.
Ps: A todos um Bom Natal porque este é o melhor que eu hei-de ter.
Musiquinha de boa noite.
Não descurando de qualquer outra banda que queira enfeitar os cartazes dos festivais de Verão, tenho falar desta premonição: The Strokes, ao fim de quatro anos, brindam-nos com o seu regresso, numa altura que ultimam o seu mais recente álbum. Ânsias para conhecer esse trabalho. E completando a ideia, com a presença destes novaiorquinos, prevejo dias de praia e poeira à maneira.
A band crush recua uns bons anos, tendo como banda sonora evidente no meu telemóvel, You Only Live Once, durante anos a fio. Hoje já passei a pente fino, em jeito de recordação First Impressions of Earth, enclausurando (my) Heart in a Cage. Qualquer coisa Hard to Explain.
Praia de Alfarim espera por mim!
A band crush recua uns bons anos, tendo como banda sonora evidente no meu telemóvel, You Only Live Once, durante anos a fio. Hoje já passei a pente fino, em jeito de recordação First Impressions of Earth, enclausurando (my) Heart in a Cage. Qualquer coisa Hard to Explain.
Praia de Alfarim espera por mim!
(durante a falta de luz)
- Estou presa no elevador!
- Estás em que piso?
- Sei lá... Estou às escuras!!!!
- Estou presa no elevador!
- Estás em que piso?
- Sei lá... Estou às escuras!!!!
The dreams in which I’m dying are the best I’ve ever had.
Não devia ter feito o curso de Revisão de Textos. Ando, há dias, obcecada com os erros. A torto e a direito. Fiquei mais desperta e provoca-me uma irritabilidade digna de esmurrar o saco de boxe ali pendurado no meu quarto. Nisto tenho-vos (homens) a pensar numa loira de braços extremamente musculados com quem nunca iriam envolver-se com receio de levar uma surra. Ainda que pudesse libertar essa testosterona que vagueia voluntariamente no meu corpo desde a época do Australopithecus, sou boazinha demais... É como aquela pescadinha de rabo na boca: vejo erros - irrito-me - tento esmurrar o saco de boxe, não sou capaz porque sou mesmo boazinha - irrito-me um pouco mais - fico mais astuta quanto aos erros - irrito-me pela milésima vez.
Ah!, a sério cérebro, pára.
Alguém sabe desligar o meu cérebro... só por umas horas?
* E os erros neste texto? Pânico.
Ah!, a sério cérebro, pára.
Alguém sabe desligar o meu cérebro... só por umas horas?
* E os erros neste texto? Pânico.
Olá a todos,
Há algum sábio desse lado que me consiga explicar como funcionam os homens?
Agradeço resposta ASAP.
Há algum sábio desse lado que me consiga explicar como funcionam os homens?
Agradeço resposta ASAP.
Andava eu pelo Chiado quando uma equipa de reportagem da TVI me abordou:
- Olá... Por acaso vês a Casa dos Segredos?
- Oh... Não, não vejo.
Odeio passar por mentirosa. É que não vejo mesmo. Lembrei-me de uns quantos amigos, que na sexta-feira falavam com conhecimento de causa sobre os incidentes do programa. Quem me dera não ter ingerido álcool, talvez tivesse recordado o que comentaram...
Perdi os meus 15 minutos de fama. Warhol tenho direito uma segunda oportunidade?
- Olá... Por acaso vês a Casa dos Segredos?
- Oh... Não, não vejo.
Odeio passar por mentirosa. É que não vejo mesmo. Lembrei-me de uns quantos amigos, que na sexta-feira falavam com conhecimento de causa sobre os incidentes do programa. Quem me dera não ter ingerido álcool, talvez tivesse recordado o que comentaram...
Perdi os meus 15 minutos de fama. Warhol tenho direito uma segunda oportunidade?
Casimiro não acertava com o tiro, cada vez que o dava a bala resvalava o alvo. Isto abria precedentes, pela má fama da sua pontaria havia quem se aproveitasse dessa enjeitada fortuna para benefício próprio. O desgraçado bem que treinava todo o santo dia, para melhorar a sua mira, mas quando tinha que participar em competições, eis que por nervos ou visão turva, lá a bala atinava num coração alheio tendo como consequência, a hipócrita chatice de ter que lidar com os estragos.
Nisto, o mestre de armas, presente em determinada circunstância, ao se aperceber de tamanha aselhice de Casimiro, com a sapiência das suas palavras revela o segredo de uma boa pontaria. Atento à lição, decide pôr em prática o plano de execução. Fecha os olhos no momento de premir o gatilho e vai que o tiro combina na perfeição com a Maria da Conceição, que ali estava, a fechar as portas do coração.
Nisto, o mestre de armas, presente em determinada circunstância, ao se aperceber de tamanha aselhice de Casimiro, com a sapiência das suas palavras revela o segredo de uma boa pontaria. Atento à lição, decide pôr em prática o plano de execução. Fecha os olhos no momento de premir o gatilho e vai que o tiro combina na perfeição com a Maria da Conceição, que ali estava, a fechar as portas do coração.
Ando a explorar o mundo dos blogues.
Não fazia ideia que há blogues - ou neste caso os seus respectivos blogueiros - que se bajulam e inclusivamente, se consideram grandes escritores. Também não sabia que há blogues rivais, surgem espaços denominados de hate-blogs, onde escrevem horrores sobre outros blogues, ofendem. E por que motivo perdem tempo a escrever sobre os outros? A sério, as pessoas conseguem ser tão pequeninas.
Leio os blogues que gosto, costumo comentar e tenho o meu espaço aberto a qualquer cibernauta. Pouco me importa que não esteja na moda, que não seja in ler o que escrevo, que não me sigam e que não tenha um milhão de visitantes.
A minha paixão é escrever. A verdadeira paixão.
Como a Mafalda dizia «ainda bem que o mundo, às vezes, fica tão longe!».
Não fazia ideia que há blogues - ou neste caso os seus respectivos blogueiros - que se bajulam e inclusivamente, se consideram grandes escritores. Também não sabia que há blogues rivais, surgem espaços denominados de hate-blogs, onde escrevem horrores sobre outros blogues, ofendem. E por que motivo perdem tempo a escrever sobre os outros? A sério, as pessoas conseguem ser tão pequeninas.
Leio os blogues que gosto, costumo comentar e tenho o meu espaço aberto a qualquer cibernauta. Pouco me importa que não esteja na moda, que não seja in ler o que escrevo, que não me sigam e que não tenha um milhão de visitantes.
A minha paixão é escrever. A verdadeira paixão.
Como a Mafalda dizia «ainda bem que o mundo, às vezes, fica tão longe!».
A canção mais gay da galáxia:
Justin Bieber - «Somebody To Love»
A melhor canção dos Beatles de todo o sempre:
The Beatles - «Come Together»
A canção que lhe lembra o seu ex-qualquer coisa:
Hot Chip - «One life stand»
A canção para curar uma indisposição ou ressaca:
Bon Iver - «Blindsided»
A canção que gostaria que tocasse no seu funeral:
Coldplay - «Green Eyes»
Justin Bieber - «Somebody To Love»
A melhor canção dos Beatles de todo o sempre:
The Beatles - «Come Together»
A canção que lhe lembra o seu ex-qualquer coisa:
Hot Chip - «One life stand»
A canção para curar uma indisposição ou ressaca:
Bon Iver - «Blindsided»
A canção que gostaria que tocasse no seu funeral:
Coldplay - «Green Eyes»
Agora, ao voltar para casa, vi estrelas cadentes. Até às quatro da manhã, o Geminídeas desenha o céu com a sua chuva de estrelas.
Se não tivesse sono, deitava-me ali no jardim com poetas e contemplava o céu. Ouço, ao de leve, o sussurrar dos jazidos artistas, entre discussões fatais, por que não estou fixada no imenso céu, enquanto caem as estrelas. Incomodo-os com a minha indiferença. Tenho, simplesmente, sono.
Se não tivesse sono, deitava-me ali no jardim com poetas e contemplava o céu. Ouço, ao de leve, o sussurrar dos jazidos artistas, entre discussões fatais, por que não estou fixada no imenso céu, enquanto caem as estrelas. Incomodo-os com a minha indiferença. Tenho, simplesmente, sono.
Geminídeo na Noruega. Por Bjørnar G. Hansen |
IMENSAS
O céu é imenso. O mar é imenso.
e não,
acontece-me imensas vezes. Neste caso, acontece-me muitas vezes, inúmeras vezes, recorrentes vezes...
ASPAS
Andamos a usar as aspas erradas. Esqueçam estas "aspas" e comecem a usar as «correctas».
O céu é imenso. O mar é imenso.
e não,
acontece-me imensas vezes. Neste caso, acontece-me muitas vezes, inúmeras vezes, recorrentes vezes...
ASPAS
Andamos a usar as aspas erradas. Esqueçam estas "aspas" e comecem a usar as «correctas».
E se alguém, neste momento, neste preciso momento, estiver o que eu estiver a ouvir...?
A cada pessoa, imagino uma vida. Não sei se é uma coisa de signo ou a curiosidade que mata o gato. A verdade é que nestes milhões que somos temos de imaginar a vida. Porque não os posso conhecer a todos. A cada pessoa um passo e a cada passo um pedaço. De imaginação. O corrupio da vida, o entra e sai, o amar alguém que não ouve a mesma canção, os braços que esperam, a solidão que enche o quarto, o sorriso e a lágrima.
Fecho os olhos e vejo aquilo, o tudo ou nada, que todos temos. Arrepio-me com a felicidade de uns, o corpo entorpece-se com a tristeza de outros. Descubro cada qual e preencho o meu bloco de notas. Crio personagens à minha forma e medida. Nesta minha imaginação há um lançar de ideias, borbulham sentimentos, vejo-os a todos... nem todos. Há uns quantos que passam, vagueiam, são vazios. Perderam a alma. E nem eu, com esta imaginação, consigo ver o que lhes aconteceu. Ainda assim, no buraco negro deste e do outro, acendo uma vela e atrevo-me a contar uma história...
Mas guardo-a em memória.
Fecho os olhos e vejo aquilo, o tudo ou nada, que todos temos. Arrepio-me com a felicidade de uns, o corpo entorpece-se com a tristeza de outros. Descubro cada qual e preencho o meu bloco de notas. Crio personagens à minha forma e medida. Nesta minha imaginação há um lançar de ideias, borbulham sentimentos, vejo-os a todos... nem todos. Há uns quantos que passam, vagueiam, são vazios. Perderam a alma. E nem eu, com esta imaginação, consigo ver o que lhes aconteceu. Ainda assim, no buraco negro deste e do outro, acendo uma vela e atrevo-me a contar uma história...
Mas guardo-a em memória.
Ouvi dizer que ali para os lados do Rossio há carrosséis e uma pista de gelo.
Tenho tantas saudades de deslizar no gelo como dos tempos em que dominava o esqui aquático. Por isso, hoje é sexta-feira, dia perfeito para me apaixonar de novo pelos patins.
Kit Kat vais comigo! É o que te posso oferecer em formato de Berlim, se é que me entendes.
Tenho tantas saudades de deslizar no gelo como dos tempos em que dominava o esqui aquático. Por isso, hoje é sexta-feira, dia perfeito para me apaixonar de novo pelos patins.
Kit Kat vais comigo! É o que te posso oferecer em formato de Berlim, se é que me entendes.
Gosto muito. Daqui. És grande Piero! :)
I am in no sense of the word a great artist, not even a great animator; I have always had men working for me whose skills were greater than my own. I am an idea man. I can never stand still. I must explore and experiment. I am never satisfied with my work. I resent the limitations of my own imagination.
Walt Disney
Walt Disney
Comecei hoje o curso de Revisão de Textos.
Durante uns dias não vou escrever, vou rever o que escrevi.
Durante uns dias não vou escrever, vou rever o que escrevi.
Wenn du atmest fühlst du mich?
Eu tinha um aquecedor de pés.
Tinha-o desde sempre.
Queixava-me com frequência da má circulação desenhada nas minhas pernas, nas esféricas formas roxas. De costume, fazia a mezinha da avó. Punha os meus pés em água fria, seguidos de uma massagem. O suficiente para os aquecer. Perdi, com o tempo, a vontade e a noção dessa resolução. No fundo, sentia que havia uma maneira mais absorvente e intensa de os deixar unidos com o resto do corpo.
Facilmente a minha ilação se converteu em verdade. Arrumei a mezinha na gaveta e passei a enroscar-me, entre penas de ganso e almofadas, no corpo quente ao meu lado. Tudo me fascinava. Tudo me perturbava. Esta inconstante querela em mim, fazia-me querer ficar para sempre com o meu aquecedor de pés.
Com a utilização, o aquecedor foi perdendo a sua temperatura. Ao poucos, embora que de início se aquecessem, os dedos dos pés começavam a ganhar como que lascas de gelo, esse tal frio gélido. E, inevitavelmente, de volta, os pés deixavam de me pertencer.
Percebo hoje que os aquecedores de pés avariam com frequência. Também sei que se substituem, são fáceis de encontrar. Só tenho de descobrir um modelo que mantenha a temperatura constante, nem muito quente, nem muito fria, assim-assim, que se adapte perfeitamente à minha necessidade de ter os pés quentinhos. Ainda para mais nos domingos de chuva, de vento e frio.
Esta coisa da efemeridade.
Não é para mim.
Tinha-o desde sempre.
Queixava-me com frequência da má circulação desenhada nas minhas pernas, nas esféricas formas roxas. De costume, fazia a mezinha da avó. Punha os meus pés em água fria, seguidos de uma massagem. O suficiente para os aquecer. Perdi, com o tempo, a vontade e a noção dessa resolução. No fundo, sentia que havia uma maneira mais absorvente e intensa de os deixar unidos com o resto do corpo.
Facilmente a minha ilação se converteu em verdade. Arrumei a mezinha na gaveta e passei a enroscar-me, entre penas de ganso e almofadas, no corpo quente ao meu lado. Tudo me fascinava. Tudo me perturbava. Esta inconstante querela em mim, fazia-me querer ficar para sempre com o meu aquecedor de pés.
Com a utilização, o aquecedor foi perdendo a sua temperatura. Ao poucos, embora que de início se aquecessem, os dedos dos pés começavam a ganhar como que lascas de gelo, esse tal frio gélido. E, inevitavelmente, de volta, os pés deixavam de me pertencer.
Percebo hoje que os aquecedores de pés avariam com frequência. Também sei que se substituem, são fáceis de encontrar. Só tenho de descobrir um modelo que mantenha a temperatura constante, nem muito quente, nem muito fria, assim-assim, que se adapte perfeitamente à minha necessidade de ter os pés quentinhos. Ainda para mais nos domingos de chuva, de vento e frio.
Esta coisa da efemeridade.
Não é para mim.
E pronto, a cabra voltou. Primeiro foi na Primavera na versão palhas deitada. Agora aparece-me armada em mãe Natal. Ninguém merece. Intimissimi, com cartazes assim, só perdes clientes (e convenhamos, ela provoca acidentes).
Eu sou quente tu és frio.
Eu sou franca tu sabes mentir.
Eu escrevo cartas tu atiras-te ao póquer.
Eu danço quando saio tu foges de soslaio.
Tu tens medo eu sou guerreira.
O meu feitiço acaba em enguiço.
E, ainda assim, contigo ao pé de mim.
Eu sou franca tu sabes mentir.
Eu escrevo cartas tu atiras-te ao póquer.
Eu danço quando saio tu foges de soslaio.
Tu tens medo eu sou guerreira.
O meu feitiço acaba em enguiço.
E, ainda assim, contigo ao pé de mim.
Estou cansada. Mesmo cansada.
Para ser grande, sê inteiro: nada
Teu exagera ou exclui.
Sê todo em cada coisa. Põe quanto és
No mínimo que fazes.
Assim em cada lago a lua toda
Brilha, porque alta vive.
Teu exagera ou exclui.
Sê todo em cada coisa. Põe quanto és
No mínimo que fazes.
Assim em cada lago a lua toda
Brilha, porque alta vive.
Não atendo chamadas de números privados. Portanto, parem de me ligar.
Um bem-haja que hoje estou de mau feitio.
Um bem-haja que hoje estou de mau feitio.
As tradições são uma treta. Ai que o menino Jesus nasceu vamos todos trocar presentes no seu suposto dia para celebrar. Eis a futilidade humana. Bonito seria cada um oferecer um prato de comida a um sem-abrigo ou decorar um quarto na casa do Sócrates para o instalar comodamente. Mas não. Somos todos demasiado agarrados aos bens materiais e só os oferecemos de quem realmente gostamos.
Eu não gosto de receber presentes no Natal. Puro Marketing.
E considero-vos a todos uma cambada de corações vazios porque todos os anos gastam dinheiro em merdinhas e nunca se lembram de dar algo que faça mesmo a diferença.
Mas isso sou eu. Com coração e consciência.
Irrita-me.
Depois há quem não saiba o que é o espírito natalício.
Aqui, nesta terra, faz-me falta a neve. Dava outra magia, que só quem cresce entre montanhas, é que sabe disso. O calendário do advento feito por mim, escondia um pequeno brinde ou tarefa para desempenhar a cada dia. A 6 de Dezembro, o dia de S.Nicolau, comíamos amendoins e laranjas enquanto desabafávamos baixinho o que tínhamos feito de errado durante o ano. Pedíamos desculpa e reconhecíamos o nosso erro. E na noite de Natal, o que mais importava, era a família.Os presentes, quando os havia, abriam-se na manhã de Natal e não naquele desespero desenfreado da meia-noite que nunca mais chega.
Mas isso sou eu. Com coração e consciência.
Eu não gosto de receber presentes no Natal. Puro Marketing.
E considero-vos a todos uma cambada de corações vazios porque todos os anos gastam dinheiro em merdinhas e nunca se lembram de dar algo que faça mesmo a diferença.
Mas isso sou eu. Com coração e consciência.
Irrita-me.
Depois há quem não saiba o que é o espírito natalício.
Aqui, nesta terra, faz-me falta a neve. Dava outra magia, que só quem cresce entre montanhas, é que sabe disso. O calendário do advento feito por mim, escondia um pequeno brinde ou tarefa para desempenhar a cada dia. A 6 de Dezembro, o dia de S.Nicolau, comíamos amendoins e laranjas enquanto desabafávamos baixinho o que tínhamos feito de errado durante o ano. Pedíamos desculpa e reconhecíamos o nosso erro. E na noite de Natal, o que mais importava, era a família.Os presentes, quando os havia, abriam-se na manhã de Natal e não naquele desespero desenfreado da meia-noite que nunca mais chega.
Mas isso sou eu. Com coração e consciência.
Um disse, só carregou no play. O outro ripostou, nem que estivesse só ali parada.
Diva para uns, desastre para outros. Eu cheguei a tempo e voltei a vibrar com esta senhora. Só a porra do Shazam é que não funcionou para descobrir a última música. Deve ter sido pela incessante repetição, Barbara Streisend.
Diva para uns, desastre para outros. Eu cheguei a tempo e voltei a vibrar com esta senhora. Só a porra do Shazam é que não funcionou para descobrir a última música. Deve ter sido pela incessante repetição, Barbara Streisend.
Auguém aí?
Eu tenho uma avó. Única avó. A realidade é esta, nem todos crescemos com os pais dos nossos pais a dar-nos colinho. Por isso, a missão da minha avó é para uma super-avó. Ela possui todos os requisitos: sopa de cenoura passada à princesa (que neste caso sou eu), bolo de chocolate para qualquer ocasião em especial nos momentos de coração desgastado, não me faz comer coisas verdes tipo espinafres porque me compreende quando digo que isso é comida para as vacas no pasto, tem sempre tempo e paciência para os meus devaneios, compra-me coisas como palmilhas de pele para os xanatos de Inverno ou até daquelas de silicone para não magoar o pé quando uso 10 cm acima da minha existência, dá-me semanada, ainda hoje com esta idade pois ja tenho idade para ter vergonha, mas que fazer, é um miminho de super avó, tem de ser. A minha avó alinha em todas as viagens que fazemos, anda de montanha russa e participava em corridas de rali em Luanda. Ela também fez coisas engraçadas como quando viviamos na Suíça, deu cabo do joelho ao descer naquelas pistas de gelo num trenó de madeira e ainda hoje trabalha, recusa-se a estar quieta.
Sofre quando vai para minha casa porque não lhe damos o que fazer e sabe usar a Internet. Agora, para além do MSN quer ter Facebook para saber o que se passa no mundo. A minha avó sabe mais de futebol de qualquer treinador de bancada que se preze e cumprimenta todas as pessoas, todos os dias, sem excepção e fala das suas netas com o maior orgulho. A minha avó é tão super avó que diz para aproveitarmos a vida. E se eu pedisse à minha super avó para fazer uma sessão fotográfica como a da Sacha Goldberger eu sei que podia contar com ela e soltar grandes gargalhadas.
Sofre quando vai para minha casa porque não lhe damos o que fazer e sabe usar a Internet. Agora, para além do MSN quer ter Facebook para saber o que se passa no mundo. A minha avó sabe mais de futebol de qualquer treinador de bancada que se preze e cumprimenta todas as pessoas, todos os dias, sem excepção e fala das suas netas com o maior orgulho. A minha avó é tão super avó que diz para aproveitarmos a vida. E se eu pedisse à minha super avó para fazer uma sessão fotográfica como a da Sacha Goldberger eu sei que podia contar com ela e soltar grandes gargalhadas.
*Estilha, a alcunha da melhor avó de sempre porque sempre foi a única avó
Rouba-se ao pobres. Funcionário dos CTT desviou donativos para bombeiros. Isto leva-me a agir: a sopa dos pobres dá jeito lá por casa.
É só de mim ou os domingos provocam dores de cabeça? Eu respondo.
Eu acho que não. O morcego que vejo pela janela está farto de dar cabeçadas no prédio da frente.
Eu acho que não. O morcego que vejo pela janela está farto de dar cabeçadas no prédio da frente.
Why can't you want me like the other boys do?
They stare at me while I stare at you
Why can't I keep you safe as my own?
One moment I have you the next you are gone
Querido Santa,
Cá estou de novo nas minhas longas e extensíveis palavras sobre a minha conduta anual. Até te escrevo com relativa antecedência qué p'ra ver se abres a pestana em relação ao presentes em lista.
Comecei em grande. Já não tenho memória de entrar no ano de 2010. Deve ter sido algures entre o excessivo champanhe, passas do azar e sestas justificáveis. Adiante. Brindaste-me com um passeio turístico pelo Rio de Janeiro. Gramei imenso, particularmente, por me deixares em sobressalto com os putos de metralhadora algures escondida na palma dos pés para me roubar o Santo Antoninho de prata. Voltei de lá com uma visão mais sarada e de havaianas em punho, nos pés não, porque os levam.
Depois, pouco tempo depois, fiz anos e ao soprar as vinte seis velas pedi que este ano fosse suportável porque é número par e eu tenho as minhas taras com os números e tu sabes disso. Desejo realizado. Entre duendes e gremlins transformers limpei os esqueletos do armário e confirmando a inutilidade das ossadas livrei-me daquilo, tipo Feng Shui. Tenho-te a dizer que está impecável. Passei a integrar uma visão raio laser x de satélite Google Street que é para não me enganar mais nos momentos de indecisões. Posto isto, a possibilidade de trabalhar na CGD afundou-se. Levo com mais uma porta na cara, até estava para fazer cirurgia, mas acho que ser parecida com um pug dá-me uma certa graça.
Entretanto dou por mim refugiada entre os Alpes a comer frutos vermelhos com ursos polares. Não existem por lá mas a minha imaginação tem-se aprimorado no preciso campo da criatividade. As grandes transfusões de álcool, por vezes induzidas involuntariamente, fazem o meu cérebro reviver resíduos mnémicos em constante slow motion.
Gostei que me tivesses colocado o Génio da Lâmpada pelo caminho. Ainda não pedi todos os desejos. Eis um deles, que tu Santa, acertes com o dito presente. Não vale a pena dizeres que está esgotado ou que é inexistente. Cá o espero. E se essa tua fábrica também tem ossadas a mais, já me podias ter dito que eu estou uma fascista nas limpezas.
Um abraço gorducho a cair de obesidade,
Saudações Sushianas
Cá estou de novo nas minhas longas e extensíveis palavras sobre a minha conduta anual. Até te escrevo com relativa antecedência qué p'ra ver se abres a pestana em relação ao presentes em lista.
Comecei em grande. Já não tenho memória de entrar no ano de 2010. Deve ter sido algures entre o excessivo champanhe, passas do azar e sestas justificáveis. Adiante. Brindaste-me com um passeio turístico pelo Rio de Janeiro. Gramei imenso, particularmente, por me deixares em sobressalto com os putos de metralhadora algures escondida na palma dos pés para me roubar o Santo Antoninho de prata. Voltei de lá com uma visão mais sarada e de havaianas em punho, nos pés não, porque os levam.
Depois, pouco tempo depois, fiz anos e ao soprar as vinte seis velas pedi que este ano fosse suportável porque é número par e eu tenho as minhas taras com os números e tu sabes disso. Desejo realizado. Entre duendes e gremlins transformers limpei os esqueletos do armário e confirmando a inutilidade das ossadas livrei-me daquilo, tipo Feng Shui. Tenho-te a dizer que está impecável. Passei a integrar uma visão raio laser x de satélite Google Street que é para não me enganar mais nos momentos de indecisões. Posto isto, a possibilidade de trabalhar na CGD afundou-se. Levo com mais uma porta na cara, até estava para fazer cirurgia, mas acho que ser parecida com um pug dá-me uma certa graça.
Entretanto dou por mim refugiada entre os Alpes a comer frutos vermelhos com ursos polares. Não existem por lá mas a minha imaginação tem-se aprimorado no preciso campo da criatividade. As grandes transfusões de álcool, por vezes induzidas involuntariamente, fazem o meu cérebro reviver resíduos mnémicos em constante slow motion.
Gostei que me tivesses colocado o Génio da Lâmpada pelo caminho. Ainda não pedi todos os desejos. Eis um deles, que tu Santa, acertes com o dito presente. Não vale a pena dizeres que está esgotado ou que é inexistente. Cá o espero. E se essa tua fábrica também tem ossadas a mais, já me podias ter dito que eu estou uma fascista nas limpezas.
Um abraço gorducho a cair de obesidade,
Saudações Sushianas
- Então 'tás com o país de rastos?
- Eh pah sim, queres vir cá tomar conta disto?
- Venho mas os chineses não entram.
- Eu passeio o teu cão, vais ter muito trabalho.
- Eh pah sim, queres vir cá tomar conta disto?
- Venho mas os chineses não entram.
- Eu passeio o teu cão, vais ter muito trabalho.
Não suporto o romantismo, soa-me a falso.
Não esperem de mim grandes manifestações de amor, obras literárias onde morro e mato por amor. Não acredito que haja alguém, que em plena consciência, queira dar crédito a esse tipo de bajulações. Não acho piada alguma à visão de Shakespeare, tragédias incomensuráveis por amor. Não gosto de post its colados a um carro a dizer amo-te. Além de parolo não tem mérito. Já foi feito. Aqui e ali. É tudo falso, um sentimento abstracto que ninguém sabe ao certo como explicar, só sabem que o sentem a físico, as pernas andam bambas, trémulas, dá a volta ao estômago, tira horas de sono. Leva a cometer actos ridículos que passada a sensação, envergonham.
Não me ofereçam flores. Não me dediquem músicas. As plantas à terra pertencem e as letras aos músicos. Não vale a pena perder tempo a falar de mim como se fosse o bem mais precioso ao cimo da terra muito menos um olhar 37 quando me vêem. Não me façam um trilho de velas, jantar a dois e vinho. Não gosto do dia dos namorados. Puro marketing às mentes ocas. Não gosto do romantismo como movimento artístico, politico, filosófico e literário. Não me recitem Florbela Espanca. É deprimente. Ao ponto de cortar os pulsos. Não venham ao aeroporto com um lençol gigante manifestar o amor nem corram o mundo à minha procura.
Gostar de alguém é um sentimento egoísta. Fazer alguma coisa por alguém, é totalmente errado. Nunca o fazemos por eles. É conquistar. Ter o que se quer. Isso jamais pode ser verdadeiro. Sentir pelos outros é antes um reflexo daquilo que queremos no momento e o apego... O apego é uma carraça. Cola-se à pele, às entranhas e viscosidades. Fica do lado de dentro, transparente. Perde-se o apego. Perde-se o chão. Até encontrar um outro alguém a quem se diga, gosto de ti. Também.
Voltamos ao início. Manifestações tacanhas. Façanhas pelo amor. Que bonito! Ai ofereceu-me um fim-de-semana a dois, uma palestra de como fazer amor, tatuou o meu nome no peito, apagou os números das outras, fez-me uma declaração no FB para todos verem. Podres adulações. Falsas. Que sejam sinceros. Francos. Não falem do que sentem como se fosse maior do que vocês, incalculável de se acartar. A única coisa maior do que nós só mesmo o ego. Preenchido com estas medidas, orçamentais.
Esta é a verdade. Factos. Racionalidade. Os grandes antónimos do romance. Que, por favor, morra. Esse não faz cá falta. Prefiro o tête-à-tête. Cru e a nu.
Não esperem de mim grandes manifestações de amor, obras literárias onde morro e mato por amor. Não acredito que haja alguém, que em plena consciência, queira dar crédito a esse tipo de bajulações. Não acho piada alguma à visão de Shakespeare, tragédias incomensuráveis por amor. Não gosto de post its colados a um carro a dizer amo-te. Além de parolo não tem mérito. Já foi feito. Aqui e ali. É tudo falso, um sentimento abstracto que ninguém sabe ao certo como explicar, só sabem que o sentem a físico, as pernas andam bambas, trémulas, dá a volta ao estômago, tira horas de sono. Leva a cometer actos ridículos que passada a sensação, envergonham.
Não me ofereçam flores. Não me dediquem músicas. As plantas à terra pertencem e as letras aos músicos. Não vale a pena perder tempo a falar de mim como se fosse o bem mais precioso ao cimo da terra muito menos um olhar 37 quando me vêem. Não me façam um trilho de velas, jantar a dois e vinho. Não gosto do dia dos namorados. Puro marketing às mentes ocas. Não gosto do romantismo como movimento artístico, politico, filosófico e literário. Não me recitem Florbela Espanca. É deprimente. Ao ponto de cortar os pulsos. Não venham ao aeroporto com um lençol gigante manifestar o amor nem corram o mundo à minha procura.
Gostar de alguém é um sentimento egoísta. Fazer alguma coisa por alguém, é totalmente errado. Nunca o fazemos por eles. É conquistar. Ter o que se quer. Isso jamais pode ser verdadeiro. Sentir pelos outros é antes um reflexo daquilo que queremos no momento e o apego... O apego é uma carraça. Cola-se à pele, às entranhas e viscosidades. Fica do lado de dentro, transparente. Perde-se o apego. Perde-se o chão. Até encontrar um outro alguém a quem se diga, gosto de ti. Também.
Voltamos ao início. Manifestações tacanhas. Façanhas pelo amor. Que bonito! Ai ofereceu-me um fim-de-semana a dois, uma palestra de como fazer amor, tatuou o meu nome no peito, apagou os números das outras, fez-me uma declaração no FB para todos verem. Podres adulações. Falsas. Que sejam sinceros. Francos. Não falem do que sentem como se fosse maior do que vocês, incalculável de se acartar. A única coisa maior do que nós só mesmo o ego. Preenchido com estas medidas, orçamentais.
Esta é a verdade. Factos. Racionalidade. Os grandes antónimos do romance. Que, por favor, morra. Esse não faz cá falta. Prefiro o tête-à-tête. Cru e a nu.
... Se escrever incessantemente NATO/OTAN neste blogue será que sou investigada?
É melhor não.
Ainda descobrem as minhas ligações à máfia portuguesa.
É melhor não.
Ainda descobrem as minhas ligações à máfia portuguesa.
Que eu hoje estou boa para reciclagem.
Ou então um saco de boxe ajudava.
Tens um a mais?
Zipa-o e envia-me para mata.sushi@gmail.com
Grata pela atenção.
Respira Sushi Respira!
Ou então um saco de boxe ajudava.
Tens um a mais?
Zipa-o e envia-me para mata.sushi@gmail.com
Grata pela atenção.
Respira Sushi Respira!
O frio sobe-me pela espinha. Queima de tão quente que vai. Insistes no teu beijo carregado de nada, gélido, distante e pregoas aos sete cantos do mundo que é a tua velha jogada. A suavidade do toque estremece a minha pele, arrepia-se à medida que te aproximas. És um fosso de mistério, tentativas usurpadas de um calor que nunca te pertence. Vigio a agilidade do teu olhar quando te correspondo. Jamais te descais, mantens sóbria essa vontade de seres um pedaço de natureza por explorar, agarrada a um qualquer rochedo imóvel. E sobe-me pela espinha esse frio que aquece, que destrói a utopia de uma realização pessoal, assente na vadiagem de uma alma sadia, sedenta de beber o veneno sôfrego. O teu veneno. Que corrói no corredor dos beijos clandestinos, entre paredes inócuas, trémulas à tua passagem. Estão bambas, como eu para o vinho.
Por incompatibilidade psicológica não me é possível ver televisão até terminar a quadra natalícia. Popota e companhia, façam um favor à sociedade e reformem-se!
Coincidência ou não o indie rock dos The Drums já perdeu a minha presença por duas vezes. Há sempre um obstáculo. Ainda assim, padeço de band crush. O Verão mais triste de sempre, acelerado por eles, num estilo de surf norte-americano dos anos tardios 50, fazem-me querer invadir no seu submarino pelo álbum abaixo. Logo agora que chove, faz frio. Um bom domingo a escrever à custa dos The Drums.
Um dia desapareço do mapa. Sem rasto. Crio um sentido único, misterioso. Obrigatório circular no lado esquerdo, mania minha, porque o coração físico é esquerdo impulsiona não só a vida como a sorte.
Um dia desapareço do mapa. Sem rasto. Só porque sim, porque me apetece. Ver quem sente a falta. Como aquilo de por vezes imaginar o próprio funeral. Os diálogos que se fazem em homenagem ao corpo inerte ali estendido para dormir uma sesta. O que dirão? E porque choram se dali a uns meses a porra da memória apaga tudo? De volta e meia é que nos lembramos por associação não por espontânea vontade.
Assim sendo, um dia vou. Mas fico à coca. A ver e a ouvir, como assombração. Vou pregar sustos e rir-me ao custo da brincadeira. Vou saber o que não sei, entrar na cabeça de quem me barra a entrada, hei-de ler pensamentos e descobrir os tormentos. E como assombração apareço. Gira e sorridente. Traquinas. Porque se um dia me puser a andar, o caminho que seja mais ou menos circunspecto para poder voltar.
Desaparecer do mapa e dizer, alto e bom som até arrebentar as artérias por Da Weasel. Voltei.
Um dia desapareço do mapa. Sem rasto. Só porque sim, porque me apetece. Ver quem sente a falta. Como aquilo de por vezes imaginar o próprio funeral. Os diálogos que se fazem em homenagem ao corpo inerte ali estendido para dormir uma sesta. O que dirão? E porque choram se dali a uns meses a porra da memória apaga tudo? De volta e meia é que nos lembramos por associação não por espontânea vontade.
Assim sendo, um dia vou. Mas fico à coca. A ver e a ouvir, como assombração. Vou pregar sustos e rir-me ao custo da brincadeira. Vou saber o que não sei, entrar na cabeça de quem me barra a entrada, hei-de ler pensamentos e descobrir os tormentos. E como assombração apareço. Gira e sorridente. Traquinas. Porque se um dia me puser a andar, o caminho que seja mais ou menos circunspecto para poder voltar.
Desaparecer do mapa e dizer, alto e bom som até arrebentar as artérias por Da Weasel. Voltei.
Eu devia aparecer no Guinness. Por diversos motivos. Mas mereço a última fatia do bolo por isto:
Vou cantar Fuck you com o Gnarls Barkley. Já volto!
- 17 meses desempregada.
- E também pelo aparelho fixo que usei nas dentuças durante seis anos da minha vida!
Vou cantar Fuck you com o Gnarls Barkley. Já volto!
Lisboa é distante. Competitiva. As pessoas caminham, comem-se umas às outras, mordem os calcanhares, são arrogantes. Lisboa, na solidão, tinha João Serra. Ninguém ficou indiferente à sua partida. As últimas palavras escritas no seu blogue pede-nos para sermos felizes.
E foi o que fizeram. As centenas das poucas pessoas com alma em Lisboa. Foram para o Saldanha saudar a partida do João. O Senhor do Adeus que afinal dizia olá.
Rui Zinc disse ao Público que foi dos melhores velórios a que foi. Que todas as partidas sejam assim sentidas.
E o gato do chinês que fique por lá.
Hoje digo adeus a quem sempre o disse.
Tenho um gato debaixo da cama. Faz-me espirrar. É obeso, chama-se Leão e parece um cão. Aqui praticamente jazida no frio clandestino de Coimbra lembro-me de uma corda. O gato mexe-se debaixo da cama. A corda serve perfeitamente para o enforcar. Mas não cura a alergia.
Deixo-o ficar.
Pego na corda.
Enfio-a pelo motor de busca e vou de encontro ao meu Verão. Uma corda, um esboço de troço rasgado na penumbra do rochedo. O embate agressivo do mar, chama por mim. É ali que me apetece afogar, penso em primeira mão. Este mau mar, que tão mau que é, mata-me sem dó nem piedade. Precisamente o que preciso. Naquele dia, naquele momento.
Escarpo com a ajuda da mãe natureza a minha figura milimétrica pela corda abaixo. É só não cair. O mar está já ali. De ondas assombrosas, espumosas, evidentes da minha presença. Esperam entre sets. Assim que a fina areia se entranha na pele queimada dos meus pés, lanço-me. Suga-me o veneno. Sobe por mim um rastilho congelado de emoções. Revejo a vida ao segundo. Leva-me, pouco a pouco, entre a lividez dos pensamentos, a corda que sufoca.
Liberto-me. Em cada onda, a raiva franca transforma-se naquele sal de um mar com brio. Flui. Ali pertence.
Vejo-me. Hoje à distância, pelo mapa do motor de busca. A sensação de querer enforcar o mergulho fica para um dia quente de Verão. Vou antes... Flutuar!
(e esta praia é minha. existe, mas é minha. mais informações, a D.Ermelinda faz as honras)
Ainda!
Mas tenho a certeza que vou ter um. Gosto das certezas que tenho. Sei onde chegar. O como vai surgindo pelo caminho e o Pulitzer está ali no fim das curvas com contra curvas.
Caramba!
Mas tenho a certeza que vou ter um. Gosto das certezas que tenho. Sei onde chegar. O como vai surgindo pelo caminho e o Pulitzer está ali no fim das curvas com contra curvas.
Caramba!
Será que existe qualquer coisa como a matemática oposta? Por mais contas que faça somos resultados distintos, linhas paralelas.
Nunca cruzamos. Nunca vamos querer cruzar.
Eu bem faço as contas, a lápis num papel. 1-0. Ganhas-me sempre.
Sacana!
Nunca cruzamos. Nunca vamos querer cruzar.
Eu bem faço as contas, a lápis num papel. 1-0. Ganhas-me sempre.
Sacana!
Mas adoro a atenção que dão ao meu Benfica. Isso só nos envaidece.
Um viva aos pequeninos!
Sempre amorosos pela atenção que nos prestam.
(E o mais engraçado é que nem dei pela falta de vitória no meu Facebook ou qualquer outro meio).
Um viva aos pequeninos!
Sempre amorosos pela atenção que nos prestam.
(E o mais engraçado é que nem dei pela falta de vitória no meu Facebook ou qualquer outro meio).
Das experiências mais aterradoras que tive na vida foi a perda. Aliás, penso que o posso dizer por todos. Não há nada mais desconcertante do que que perder. No sentido estrito e lato. Porque perdemos sem saber que vamos perder. Um thriller com emoções de suspense. Há perdas irrecuperáveis, há quem as aceite e há quem nunca perceba o que perdeu.
Eu nunca falei do Jinguba.
Ultimamente leva-me a crer, por mera alucinação ou insónia induzia por rinite, que a sua alma animal me visita com frequência. Todos tivemos a fase do cão, do gato não porque sou alérgica, do cágado, porquinho da índia enfim, bicharocos de estimação para enfeitar a vida. Enquanto cada um teve um desses bichos, eu tive um animal. O Jinguba.
Encontrei-o num fim de tarde típico de Montargil. Estava desprovido de mãe. O pai fugira sem assumir a paternidade. Apoderou-se de mim um sentimento de quero-ter-vou-ter-há-de-ser-o-meu-animal-na-cidade*, com olhos de Gato das Botas à Shrek, passei com convicção ao teste e trouxe-o comigo. Com ele vinha o irmão, meio débil e prova disso, é que berrou no caminho. Tive pena mas eu só me importava com o Jinguba.
Eduquei-o, tornei-o num desses animais obedientes senta, faz de morto, rebola. Foi o mesmo que tirar o tom de pele ao Michael Jackson. Viveu dois meses. Felizes por sinal. Entupi-o de batata e pão pois o chilrear do animal era agoniante. Nunca vira um recém-nascido tão faminto. Ele voava pela casa até ao dia em que bateu patas, acenou dobrando os três deditos à pardal, e... Apagou-se. Gordo, obeso e feliz.
Assim era o meu Jinguba.
Agora, todos os dias, a partir da uma da manhã tenho um pássaro à janela. O Jinguba não era um pássaro, era um animal. Já expliquei ao dito mas pela persistência faz-me recordar o meu saudoso amendoim angolano.
(A wikipédia diz que o pardal é um animal cosmopolita.)
Ultimamente leva-me a crer, por mera alucinação ou insónia induzia por rinite, que a sua alma animal me visita com frequência. Todos tivemos a fase do cão, do gato não porque sou alérgica, do cágado, porquinho da índia enfim, bicharocos de estimação para enfeitar a vida. Enquanto cada um teve um desses bichos, eu tive um animal. O Jinguba.
Encontrei-o num fim de tarde típico de Montargil. Estava desprovido de mãe. O pai fugira sem assumir a paternidade. Apoderou-se de mim um sentimento de quero-ter-vou-ter-há-de-ser-o-meu-animal-na-cidade*, com olhos de Gato das Botas à Shrek, passei com convicção ao teste e trouxe-o comigo. Com ele vinha o irmão, meio débil e prova disso, é que berrou no caminho. Tive pena mas eu só me importava com o Jinguba.
Eduquei-o, tornei-o num desses animais obedientes senta, faz de morto, rebola. Foi o mesmo que tirar o tom de pele ao Michael Jackson. Viveu dois meses. Felizes por sinal. Entupi-o de batata e pão pois o chilrear do animal era agoniante. Nunca vira um recém-nascido tão faminto. Ele voava pela casa até ao dia em que bateu patas, acenou dobrando os três deditos à pardal, e... Apagou-se. Gordo, obeso e feliz.
Assim era o meu Jinguba.
Agora, todos os dias, a partir da uma da manhã tenho um pássaro à janela. O Jinguba não era um pássaro, era um animal. Já expliquei ao dito mas pela persistência faz-me recordar o meu saudoso amendoim angolano.
(A wikipédia diz que o pardal é um animal cosmopolita.)
E ia eu já no nível 12 do Sokoban quando o flash berrou.
Lá está, começar de novo.
Começar sempre de novo.
Aquilo do been there done that não é assim tão linear. Não escapamos às reviravoltas do mapa astral. Porque começamos sempre de novo. O caminho não foge muito à regra, tens sempre uma fórmula para dar certo. Há que tentar, mover as caixas, emperrá-las contra a parede, começar de novo, passos a mais, retiram-se uns movimentos, arriscam-se outros. No fim, passamos de nível. Complica. Muito mais. Mas sempre que erramos começamos de novo. Estudam-se as antigas estratégias de mobilidade, introduzem-se novas. Voltamos a errar, voltamos ao início. Começamos, mais cautelosos, com outra maturidade. O erro quando cai ao colo é visto como uma tentativa ainda por acertar e não uma falha no nosso caminho.
E ia eu já no nível 12 do Sokoban quando o flash berrou.
Lá está, começar de novo.
Lá está, começar de novo.
Começar sempre de novo.
Aquilo do been there done that não é assim tão linear. Não escapamos às reviravoltas do mapa astral. Porque começamos sempre de novo. O caminho não foge muito à regra, tens sempre uma fórmula para dar certo. Há que tentar, mover as caixas, emperrá-las contra a parede, começar de novo, passos a mais, retiram-se uns movimentos, arriscam-se outros. No fim, passamos de nível. Complica. Muito mais. Mas sempre que erramos começamos de novo. Estudam-se as antigas estratégias de mobilidade, introduzem-se novas. Voltamos a errar, voltamos ao início. Começamos, mais cautelosos, com outra maturidade. O erro quando cai ao colo é visto como uma tentativa ainda por acertar e não uma falha no nosso caminho.
E ia eu já no nível 12 do Sokoban quando o flash berrou.
Lá está, começar de novo.
Começar sempre de novo.
Em que o Hi5 é que era. O supra sumo da cusquice alheia. Mas às tantas fartei-me daquela piroseira que era escarrapachar a minha vida numa página virtual, sem saber muito bem porquê, mas fazia-o porque os outros também lá andavam e farta da discriminação andava ou ando eu. Adiante.
Por motivos profissionais lembro-me de que há uns poucos anos, verdes anos, me falaram de um tal Facebook. Tive de averiguar factos e argumentos para me inteirar sobre tamanha invenção que era. Criei conta. Vá-se lá saber porquê, consegui angariar dois amigos, um italiano e um inglês, que nem sei como surgiram mas davam o tal je ne sais quois à coisa. Mantive a conta sem me recordar muito dela. Às tantas, um primo com veia internacional deve ter ouvido zumbir sobre o fenómeno e apareceu. Não sei quando se lhe deu a injecção de hormonas só sei que confirmei que o conceito geográfico de migração também pode ser aplicado à porra da internet.
Dei por mim com 324 amigos, 400 dos quais fazem parte dos efeitos decorativos da coisa, e os restantes 24 até me parecem ser uns porreiros porque gostam a torto e a direito, invariavelmente, das coisas que publico. Digo "espirrei" 399 gostam, 4 conversam pessoalmente comigo sobre essa premissa, 3 ligam-me ofendidos e 10 por solidariedade querem-me oferecer um jantar onde cada qual leva lenços de papel ou outras contribuições antigripais. O pior é a questão fotográfica. Sou como o Barney. Fico sempre bem e nem tentem uma má imagem. Impossível. Consequência: paparazzis à perna. E nem hoje, por culpa do camarão, a esta hora, conseguem.*
Mas gosto ser do tempo em que o Hi5 é que era.
*estou azeda que dói!
Por motivos profissionais lembro-me de que há uns poucos anos, verdes anos, me falaram de um tal Facebook. Tive de averiguar factos e argumentos para me inteirar sobre tamanha invenção que era. Criei conta. Vá-se lá saber porquê, consegui angariar dois amigos, um italiano e um inglês, que nem sei como surgiram mas davam o tal je ne sais quois à coisa. Mantive a conta sem me recordar muito dela. Às tantas, um primo com veia internacional deve ter ouvido zumbir sobre o fenómeno e apareceu. Não sei quando se lhe deu a injecção de hormonas só sei que confirmei que o conceito geográfico de migração também pode ser aplicado à porra da internet.
Dei por mim com 324 amigos, 400 dos quais fazem parte dos efeitos decorativos da coisa, e os restantes 24 até me parecem ser uns porreiros porque gostam a torto e a direito, invariavelmente, das coisas que publico. Digo "espirrei" 399 gostam, 4 conversam pessoalmente comigo sobre essa premissa, 3 ligam-me ofendidos e 10 por solidariedade querem-me oferecer um jantar onde cada qual leva lenços de papel ou outras contribuições antigripais. O pior é a questão fotográfica. Sou como o Barney. Fico sempre bem e nem tentem uma má imagem. Impossível. Consequência: paparazzis à perna. E nem hoje, por culpa do camarão, a esta hora, conseguem.*
Mas gosto ser do tempo em que o Hi5 é que era.
*estou azeda que dói!
Não sei se foi da água pé, vinho branco ou camarão fora do prazo. So sei que me apetece palrar latim. ípsilon verbis é latim? A esta hora soa-me tão bem...
Não tenho talento para ganhar. Há pessoas que na sua quiromancia descobriram que têm esse dom, de ganhar. Não é o meu caso. A estrela não vem lá riscada e já averiguei a veracidade deste facto à luz da lupa. Mas estranhamente funciono como amuleto. O que confirma a regra:
- Amiga que tem engate novo e ele desaparece do mapa. Eu como amuleto que sou faço-os esbarrar acidentalmente num lugar ao qual a conduzi.
- Amiga perde objecto. Eu como amuleto que sou piso o objecto perdido sem danificar.
- Amigos vão ao casino e jogam na roleta russa electrónica. Eu como amuleto que sou levanto-me e vou buscar cervejas enquanto atiro para o ar o 28 vermelho. A noite está ganha. Copos a todos!
- Ex-namorados e ex-casos encontram rumo. Eu como amuleto que sou faço-os ver o que é estar com a pessoa errada e assim acertam na próxima rodada...
Podia ficar aqui o resto da noite. Mas lembrei-me disto só por acaso. É que eu, que nunca ganho nada, ganhei hoje em sorteio uma viagem à Áustria.
Querem ver que a minha quiromancia está a mudar?
- Amiga que tem engate novo e ele desaparece do mapa. Eu como amuleto que sou faço-os esbarrar acidentalmente num lugar ao qual a conduzi.
- Amiga perde objecto. Eu como amuleto que sou piso o objecto perdido sem danificar.
- Amigos vão ao casino e jogam na roleta russa electrónica. Eu como amuleto que sou levanto-me e vou buscar cervejas enquanto atiro para o ar o 28 vermelho. A noite está ganha. Copos a todos!
- Ex-namorados e ex-casos encontram rumo. Eu como amuleto que sou faço-os ver o que é estar com a pessoa errada e assim acertam na próxima rodada...
Podia ficar aqui o resto da noite. Mas lembrei-me disto só por acaso. É que eu, que nunca ganho nada, ganhei hoje em sorteio uma viagem à Áustria.
Querem ver que a minha quiromancia está a mudar?
É curioso, juro que é.
Estamos a entrar no túnel do Marquês, ligam-se os médios mas os óculos de sol permanecem no rosto.
E a loira sou eu.
Estamos a entrar no túnel do Marquês, ligam-se os médios mas os óculos de sol permanecem no rosto.
E a loira sou eu.
- Quero ir a Róisín Murphy.
- Olha também eu! Vamos juntas...
Foi este o diálogo. Suficiente para há dois anos, meio estarolas, invadirmos o Coliseu. Dos trabalhos assumidos como Moloko, confesso que já me despertava uma boa dose de curiosidade para ver a artista ao vivo. Assim que soube que ia pisar de novo um palco português, não hesitei.
Ainda hoje, venero o concerto. Não sei se foi pela descontracção com que nos propusemos a ir, sem expectativas, a verdade é que Róisín é fora de vulgar. Uma teatralidade alternativa assumida em palco, uma voz depositada em tom de festa, movimentos paranóicos a que se assemelham a uma dança de rituais, máscaras e guarda-roupa que fazem jus à sua performance... Uma série de composições que tornaram aquele palco num vício impossível de se resistir.
Para além disso, também nunca tinha estado perante um público tão selectivo e apelativo ao mesmo tempo, que adensou ainda mais a qualidade do seu concerto.
Estivesse ou não sob o efeito do ópio, jurei voltar a vê-la. E hoje, quando soube, morri.
Enfim, tinha de palrar sobre o assunto porque me vai incomodar, por excitação, até me cruzar novamente com a diva (a meu entendimento, claro).
- Olha também eu! Vamos juntas...
Foi este o diálogo. Suficiente para há dois anos, meio estarolas, invadirmos o Coliseu. Dos trabalhos assumidos como Moloko, confesso que já me despertava uma boa dose de curiosidade para ver a artista ao vivo. Assim que soube que ia pisar de novo um palco português, não hesitei.
Ainda hoje, venero o concerto. Não sei se foi pela descontracção com que nos propusemos a ir, sem expectativas, a verdade é que Róisín é fora de vulgar. Uma teatralidade alternativa assumida em palco, uma voz depositada em tom de festa, movimentos paranóicos a que se assemelham a uma dança de rituais, máscaras e guarda-roupa que fazem jus à sua performance... Uma série de composições que tornaram aquele palco num vício impossível de se resistir.
Para além disso, também nunca tinha estado perante um público tão selectivo e apelativo ao mesmo tempo, que adensou ainda mais a qualidade do seu concerto.
Estivesse ou não sob o efeito do ópio, jurei voltar a vê-la. E hoje, quando soube, morri.
Enfim, tinha de palrar sobre o assunto porque me vai incomodar, por excitação, até me cruzar novamente com a diva (a meu entendimento, claro).
Róisin Murphy no Lux.
Morri. Já volto!
Morri. Já volto!
Vou ali comprar uma sopa de letras porque este blogue anda com falta de vocabulário... (ler texto e depois título, de preferência)
Estou aqui sentada.
Pensava que ia estar contigo
Mas deu em nada.
The Roots ficam de fundo
Enquanto suspiro
E me atiro à cama.
Afinal é sexta
Tento fazer rimas.
Não sou Fernando Pessoa poeta
Queria antes dar uma...
(façam a rima)
Festa.
(Mente perversa a vossa).
Bom fim-de-semana!
Pensava que ia estar contigo
Mas deu em nada.
The Roots ficam de fundo
Enquanto suspiro
E me atiro à cama.
Afinal é sexta
Tento fazer rimas.
Não sou Fernando Pessoa poeta
Queria antes dar uma...
(façam a rima)
Festa.
(Mente perversa a vossa).
Bom fim-de-semana!
Angario crianças para justificar ida ao cinema para ver Gru o Maldisposto.
Politiquices tenho-as eu.
Experimentem comprar pão sem deixar passar a velha do rés-do-chão ou então agarrar a porta ao ex-senhor doutor médico que agora se repuxa na bengala. Tenho de as ter caso contrário sou apedrejada feita Maria Madalena, a pega da Bíblia (que aí já havia quem as visse), mas nem isso me vale num momento de politiquice. Cada minuto bomba lá estou eu apregoar aos peixes aquilo que ficou por dizer e marco a minha posição em politiquices. Chega a ser irritante. Não só a palavra, o acto em si também.
Já que é difícil gerir a manutenção do certo do moralmente incorrecto mais valia estabelecer à minha evidente pessoa um momento de Churchillin.Ou seja, pegar na porra (não querendo aqui cometer anacronismo ou ofensas afim à pesada História que nos antecede) da Cortina de Ferro e realizar que é uma excelente peça de design para a minha vida. Para lá dos comunistas, a politiquice e tudo o que isso acarreta.
Tão mais arrumadinho este mundo. Mas não. Até para proferir este palavreado tive que recorrer à falsa politiquice.
Experimentem comprar pão sem deixar passar a velha do rés-do-chão ou então agarrar a porta ao ex-senhor doutor médico que agora se repuxa na bengala. Tenho de as ter caso contrário sou apedrejada feita Maria Madalena, a pega da Bíblia (que aí já havia quem as visse), mas nem isso me vale num momento de politiquice. Cada minuto bomba lá estou eu apregoar aos peixes aquilo que ficou por dizer e marco a minha posição em politiquices. Chega a ser irritante. Não só a palavra, o acto em si também.
Já que é difícil gerir a manutenção do certo do moralmente incorrecto mais valia estabelecer à minha evidente pessoa um momento de Churchillin.Ou seja, pegar na porra (não querendo aqui cometer anacronismo ou ofensas afim à pesada História que nos antecede) da Cortina de Ferro e realizar que é uma excelente peça de design para a minha vida. Para lá dos comunistas, a politiquice e tudo o que isso acarreta.
Tão mais arrumadinho este mundo. Mas não. Até para proferir este palavreado tive que recorrer à falsa politiquice.
Churchill num momento boémio da sua vida. Também os teve! |
Uma amiga disse um dia "não há amor, só vontade de fazê-lo" acrescentando a pergunta inocente "será normal" à sua exclamação. Disse-lhe que um dia teria de dissertar e dissecar (sobre) este mesmo assunto.
E francamente se só há vontade de o fazer, por favor, dá um passo em frente. Somos o capacho do amor moderno. Slogans batidos como "segue o que sentes" dão-nos o aval para fazer o que nos bem apetece.
Uma outra amiga então, sem contar que acabaria por ser um grande contributo à minha tonta divagação, acrescentou na minha caixa de correio electrónico a seguinte manifestação:
Queres ser o brinquedo da mulher? É que já não há amor. Só um uso abusado e exagerado desse invólucro que és.
E francamente se só há vontade de o fazer, por favor, dá um passo em frente. Somos o capacho do amor moderno. Slogans batidos como "segue o que sentes" dão-nos o aval para fazer o que nos bem apetece.
Uma outra amiga então, sem contar que acabaria por ser um grande contributo à minha tonta divagação, acrescentou na minha caixa de correio electrónico a seguinte manifestação:
Queres ser o brinquedo da mulher? É que já não há amor. Só um uso abusado e exagerado desse invólucro que és.
Está tudo como ninguém pode. Notícias cabisbaixas, amargura do Outono por cima a fingir-se de cereja, maus saldos, péssimos contratos, trabalho com o qual não sonham têm antes pesadelos, amores no momento de uma solidão a dois, cada um virado ao seu canto de castigo, partidos políticos torcidos, orçamentos e finanças sem fim, combustível desesperado, greves e manifestações tardias. Cantilenas, lengalengas, escárnio e maldizer.
The man who got away de Jeff Buckley ainda que original de Judy Garland exala o homem que dá de fuga. Ora, não sou homem mas caramba se continuam assim, francamente, dou de fuga!
Já estou a postos na casa "partida."
The man who got away de Jeff Buckley ainda que original de Judy Garland exala o homem que dá de fuga. Ora, não sou homem mas caramba se continuam assim, francamente, dou de fuga!
Já estou a postos na casa "partida."
Dizem os senhores do tempo que nos próximos dias vamos levar com a primeira vaga de frio deste Outono. Soa-me a boa desculpa para aquecer os pés.
Prefiro perder amigos do que a dignidade. Amizades de bajulação e conveniência não me fazem falta.
"Pimenta no rabo dos outros para mim é refresco!"
Adoro.
O legado da minha tia.
Adoro.
O legado da minha tia.
Hoje não conseguia adormecer. Já não tinha mineiros para contar...
Tenho literalmente o mundo aos meus pés. Portanto, com licença, este espaço é meu.
"Os 33" estreia em 2012 e já tem um actor escolhido: Javier Bardem.
(Não sei o que é mais trágico: se não tivessem sobrevivido ou agora transformados em coqueluches de ostentação nesta imagem hipócrita de celebridade. Enfim, coisas da sociedade moderna. Haja paciência!)
(Não sei o que é mais trágico: se não tivessem sobrevivido ou agora transformados em coqueluches de ostentação nesta imagem hipócrita de celebridade. Enfim, coisas da sociedade moderna. Haja paciência!)
Eu cresci na companhia dos circos, ou seja, era hábito assistir a um espectáculo circense. Embora a arte seja secular, é preciso saber inovar para cativar o público. Nesta sequência Cirque du Soleil é pioneiro em inovação. Não foi por acaso que me lembrei desta arte. A "Happy Conference" liderada por Lyn Heward tinha esse propósito, de despertar mentes. Eu teria assistido pessoalmente se a minha carteira tivesse estado desperta para 2h a 150€. À parte disso, os meios de comunicação revelaram as sete portas essenciais - segundo Heward - para a criatividade:
1. Agarre-se às oportunidades;
2. Desperte os seus sentidos;
3. Veja além do óbvio;
4. Ambiente que estimule a inovação;
5. Buscar as inspirações nas limitações;
6. Corra riscos: parte essencial do processo criativo com vista à inovação;
7. O líder nunca perde de vista o vasto potencial humano da empresa;
Ora, testemos a minha capacidade de abrir portas ou de esbarrar o nariz nas mesmas.
1. Quantas já desperdicei por sentir "não é bem aquilo que quero";
2. Sim. Sushi, banhos de imersão, massagens e yoga. Chocolates e maus cheiros também podem ser estimulantes, no bom e mau sentido.
3. Isso é que era bom. Se eu visse além do óbvio, a minha vida não seria tão castiça!
4. O Lux Frágil. Continuo a achar que é um ambiente muito estimulante à capacidade de criação. Ou de aberração. Como quiserem.
5. Humpf... Nas limitações? Por exemplo, a circunferência não tem apenas uma linha redonda. Tem também um imenso espaço em branco do lado dentro. E de fora.
6. Arch... Subscrevo. Quem arrisca, petisca. E mal disposto fica!
7. O líder perdeu de vista o meu potencial, daí a minha situação provisória saltitante de nenúfar em nenúfar.
Resultado: com capacidade criativa em desenvolvimento.
1. Agarre-se às oportunidades;
2. Desperte os seus sentidos;
3. Veja além do óbvio;
4. Ambiente que estimule a inovação;
5. Buscar as inspirações nas limitações;
6. Corra riscos: parte essencial do processo criativo com vista à inovação;
7. O líder nunca perde de vista o vasto potencial humano da empresa;
Ora, testemos a minha capacidade de abrir portas ou de esbarrar o nariz nas mesmas.
1. Quantas já desperdicei por sentir "não é bem aquilo que quero";
2. Sim. Sushi, banhos de imersão, massagens e yoga. Chocolates e maus cheiros também podem ser estimulantes, no bom e mau sentido.
3. Isso é que era bom. Se eu visse além do óbvio, a minha vida não seria tão castiça!
4. O Lux Frágil. Continuo a achar que é um ambiente muito estimulante à capacidade de criação. Ou de aberração. Como quiserem.
5. Humpf... Nas limitações? Por exemplo, a circunferência não tem apenas uma linha redonda. Tem também um imenso espaço em branco do lado dentro. E de fora.
6. Arch... Subscrevo. Quem arrisca, petisca. E mal disposto fica!
7. O líder perdeu de vista o meu potencial, daí a minha situação provisória saltitante de nenúfar em nenúfar.
Resultado: com capacidade criativa em desenvolvimento.
Vá-se lá perceber porquê mas este ano, no Natal, gostava mesmo mesmo mesmo de receber uma máquina de escrever.
Mesmo!
Mesmo!
Estes meninos não precisam de apresentações. Fica aqui o video de House of Cards feito com tecnologia 3D sem o uso de uma única câmara.
Para mim, provavelmente, uma das melhores bandas de sempre. Radiohead.
Para mim, provavelmente, uma das melhores bandas de sempre. Radiohead.
Eles, lá fora cantam - it's not war, just the end of love - eu deste lado oiço-os com atenção. Fazem-me integrar o elenco do videoclip mas numa versão mais autêntica.
A chuva está reaccionária, culpa do Homem que não cuida da Natureza, torna o dia cinzento e a esperança numa réstia de cigarro apagado. Visto um conjunto vintage parecido com a roupa da Cruz Vermelha da minha avó, saio porta fora de galochas enfiadas e enfrento o que se avizinha. Que é nada. Basicamente nada. Neste meu filme musical sou eu apenas a assarapantar de um lado para outro sem nada me preocupar. É que estou a celebrar o fim do amor. Um desses que se apanha como gripe. Digo, ah eu nunca fico doente, e quando dou por mim envolvo-me numa paixão assolapada dividida entre lenços e gotas nasais.
Num desses dias, um milagre pode acontecer. Espetam-me com um remédio santo qualquer e aí sim, terei problemas. Porque de outra forma não sei como terminar o meu projecto para os Manic Street Preachers. Eles dizem mesmo, não é guerra é o fim do amor. Com isso, lido eu bem. Acaba um começa o outro.
Todos vivem sem guerra. Todos sobrevivem ao amor. Mas ninguém vive sem música. E este meu clip, como tudo na vida, tem de ter um final. Nem que seja trágico, atormentado e macabro bem ao estilo de Edgar Allan Poe.
Paradoxalmente, eu não quero que acabe. Se não é guerra é só o fim do amor.
A chuva está reaccionária, culpa do Homem que não cuida da Natureza, torna o dia cinzento e a esperança numa réstia de cigarro apagado. Visto um conjunto vintage parecido com a roupa da Cruz Vermelha da minha avó, saio porta fora de galochas enfiadas e enfrento o que se avizinha. Que é nada. Basicamente nada. Neste meu filme musical sou eu apenas a assarapantar de um lado para outro sem nada me preocupar. É que estou a celebrar o fim do amor. Um desses que se apanha como gripe. Digo, ah eu nunca fico doente, e quando dou por mim envolvo-me numa paixão assolapada dividida entre lenços e gotas nasais.
Num desses dias, um milagre pode acontecer. Espetam-me com um remédio santo qualquer e aí sim, terei problemas. Porque de outra forma não sei como terminar o meu projecto para os Manic Street Preachers. Eles dizem mesmo, não é guerra é o fim do amor. Com isso, lido eu bem. Acaba um começa o outro.
Todos vivem sem guerra. Todos sobrevivem ao amor. Mas ninguém vive sem música. E este meu clip, como tudo na vida, tem de ter um final. Nem que seja trágico, atormentado e macabro bem ao estilo de Edgar Allan Poe.
Paradoxalmente, eu não quero que acabe. Se não é guerra é só o fim do amor.
E não é que a Vodafone diz que o meu pedido de alteração de contribuinte para a junção de pontos nunca existiu? Devem pensar que eu gosto de fantasmas. Olha com quem é que se foram meter. Logo há noite há barulho numa loja qualquer. Convido-vos a assistir. A isso e às (outras) novas medidas do Governo.
Está bonito, está!
Está bonito, está!
Vale a pena conhecer as ilustrações de Stina Persson. Eu não me importava de ter uma...
Estou a tentar decifrar uma palavra em alemão com 59 sílabas.
(Agora baixinho para não me ouvirem...por isso é que o Hitler chegou longe, ninguém o compreendia).
(Agora baixinho para não me ouvirem...por isso é que o Hitler chegou longe, ninguém o compreendia).
Eu como, eu rezo, eu amo. Todos os dias, sem excepção. Porque tenho Deus em mim, e eu também. Porque sou de alma pura e crente pronta para abraçar os horizontes. Lançar-me às viagens, à minha descoberta e revelação. Eu como, eu rezo, eu amo. Sem excepção.
Mais ainda, eu respiro a música que brota do chão. Que sobe pelas raízes e talos, folhas e flores. Ventos e mares, paredes e pensamentos. Tens razão, não se vive sem música. Eu ouço-a, todos os dias sem excepção. Quando como, quando rezo, quando amo. Porque sorrio com o fígado, na medição e quando te vejo. Porque ao encontrar-te a ti, encontro-me a mim. Por isso, liberta-me. Deixa-me flutuar nessa música fora.
Mais ainda, eu respiro a música que brota do chão. Que sobe pelas raízes e talos, folhas e flores. Ventos e mares, paredes e pensamentos. Tens razão, não se vive sem música. Eu ouço-a, todos os dias sem excepção. Quando como, quando rezo, quando amo. Porque sorrio com o fígado, na medição e quando te vejo. Porque ao encontrar-te a ti, encontro-me a mim. Por isso, liberta-me. Deixa-me flutuar nessa música fora.
(Agradecer faz bem à saúde, é o que dizem).
Obrigada leitores portugueses. Claramente são a maioria e eu só posso agradecer por voltarem tantas vezes, é porque gostam francamente de mim. Ou melhor, de mim em versão blogue.
Obrigada leitores suíços. Sendo a minha outra terra ou primeira terra, faz todo o sentido. E melhor do que isso, eu sei quem são as caras por detrás dos computadores. Ao contrário do que julgava, não é a palavra vaca Milka que vos conduz até cá.
Obrigada leitores norte-americanos, especialmente aos da Califórnia. Não fazia ideia de que havia assim tantos portugueses por essas bandas. Estou interessada em conhecer essa parte do continente norte-americano, faço troca de casas. A minha cama é de solteira logo está em excelentes condições.
Obrigada leitores russos. Sempre me disseram - isto os outros estrangeiros - que a nossa língua é parecida. Deve ser por isso que cá aparecem. Da.
Obrigada aos leitores ingleses. Um especial obrigada aos londrinos. Intriga-me apenas saber se é a pesquisa por folha de inventário que vos faz regressar a este espaço.
Obrigada leitores dinamarqueses. Se fossem suecos eu gostava mais. Não é nada pessoal mas é de lá que vem o Ikea.
Obrigada canadenses. O meu ex-namorado de um certo ponto da minha vida era de lá. Deve ser ainda uma réstia de influência. Caso contrário não faz sentido porque nunca utilizei o Quebec (ou outra cidade) como exemplo para alguma coisa.
Obrigada meus queridos leitores mexicanos. Seja lá o motivo que vos tenha trazido, enviem-me um sombrero que eu tenho pinta para isso.
Obrigada irmãos brasileiros. Aposto que as minhas novelas em folhas soltas vos convida a voltar. Se não entenderem o meu português, o google chrome resolve com a sua tradução automática.*
Obrigada belgas. Como é que cá chegaram?
Obrigada Angola. És a minha descendência e isso diz tudo.
(quase tudo o que aqui está escrito é puro sarcasmo. só o obrigada é que é sincero).
# 1 Estou surpreendida por haver tantas pessoas a ler o meu blogue.
# 2 Não sabia que já havia mais utilizadores de Macs do que Pcs.
# 3 Sim, isso vem nas estatísticas até a vossa cara atrás do Pc. hihi
# 4 Acho lamentável não ter leitores espanhóis.
Obrigada leitores portugueses. Claramente são a maioria e eu só posso agradecer por voltarem tantas vezes, é porque gostam francamente de mim. Ou melhor, de mim em versão blogue.
Obrigada leitores suíços. Sendo a minha outra terra ou primeira terra, faz todo o sentido. E melhor do que isso, eu sei quem são as caras por detrás dos computadores. Ao contrário do que julgava, não é a palavra vaca Milka que vos conduz até cá.
Obrigada leitores norte-americanos, especialmente aos da Califórnia. Não fazia ideia de que havia assim tantos portugueses por essas bandas. Estou interessada em conhecer essa parte do continente norte-americano, faço troca de casas. A minha cama é de solteira logo está em excelentes condições.
Obrigada leitores russos. Sempre me disseram - isto os outros estrangeiros - que a nossa língua é parecida. Deve ser por isso que cá aparecem. Da.
Obrigada aos leitores ingleses. Um especial obrigada aos londrinos. Intriga-me apenas saber se é a pesquisa por folha de inventário que vos faz regressar a este espaço.
Obrigada leitores dinamarqueses. Se fossem suecos eu gostava mais. Não é nada pessoal mas é de lá que vem o Ikea.
Obrigada canadenses. O meu ex-namorado de um certo ponto da minha vida era de lá. Deve ser ainda uma réstia de influência. Caso contrário não faz sentido porque nunca utilizei o Quebec (ou outra cidade) como exemplo para alguma coisa.
Obrigada meus queridos leitores mexicanos. Seja lá o motivo que vos tenha trazido, enviem-me um sombrero que eu tenho pinta para isso.
Obrigada irmãos brasileiros. Aposto que as minhas novelas em folhas soltas vos convida a voltar. Se não entenderem o meu português, o google chrome resolve com a sua tradução automática.*
Obrigada belgas. Como é que cá chegaram?
Obrigada Angola. És a minha descendência e isso diz tudo.
(quase tudo o que aqui está escrito é puro sarcasmo. só o obrigada é que é sincero).
# 1 Estou surpreendida por haver tantas pessoas a ler o meu blogue.
# 2 Não sabia que já havia mais utilizadores de Macs do que Pcs.
# 3 Sim, isso vem nas estatísticas até a vossa cara atrás do Pc. hihi
# 4 Acho lamentável não ter leitores espanhóis.
...viver pelas minhas escolhas, não pelas hipóteses.
...mudar, não dar desculpas.
...ser motivada, não manipulada.
...ser útil, não usada.
...exceder-me, não competir.
...ter auto-estima, não auto-comiseração.
...ouvir a minha voz interior, não a opinião de terceiros.
Acima de tudo, eu escolho ser feliz.
...mudar, não dar desculpas.
...ser motivada, não manipulada.
...ser útil, não usada.
...exceder-me, não competir.
...ter auto-estima, não auto-comiseração.
...ouvir a minha voz interior, não a opinião de terceiros.
Acima de tudo, eu escolho ser feliz.
Gosto da chuva que cai do céu. Gosto de um domingo de chuva. Gosto da maneira como a chuva talha o caminho até ao chão. Da forma que escorre na minha janela. Gosto da chegada do Outono. Gosto de ver as cores do céu e descobrir as formas das nuvens. Vejo sempre elefantes e o Pai Natal. Gosto de por músicas calmas, acústicas e só som de guitarras. Gosto de ver o Sol a tentar acordar ao domingo de Outono. Gosto de me deitar no meu tapete Hampen branco puro como a neve e ouvir essas músicas. Gosto do telemóvel em silêncio.Gosto de adormecer a meio da tarde com as persianas entre abertas. Gosto de desligar a cabeça e flutuar.
Eis que passada noite, durante o plenário Defesa, constatou-se de que Mikael Carreira afinal não é bimbo. Isto porque a sua pessoa foi vista a vaguear o segundo piso da instituição de solidariedade noctívaga frágil, o Lux.
Posto isto, já posso confessar em voz alta que sempre fui sua fã e nunca faltei a um concerto do perna-longa.
Ai gostei tanto de o ver que mal dormi.
Posto isto, já posso confessar em voz alta que sempre fui sua fã e nunca faltei a um concerto do perna-longa.
Ai gostei tanto de o ver que mal dormi.
Preciso de uma opinião, que tal começar a enviar CVs em 3D?
Lissie & Ellie Goulding - Everywhere I Go (Live in Brighton)
Ups afinal não é para ti!
E a primeira vez que vi a jornalista Ana Garcia Martins, do blogue Pipoca mais Doce, não é que tive um dejá vu. Fiquei com a impressão que já a conhecia. Verdade seja dita, é igualzinha - quando fala, expressão e coisas afim - à minha ex-professora de faculdade, Rita Figueiras.
Este blogue acaba de levar com 23% de IVA.
(Mensagem enviada directamente do Zézinho, o da licenciatura ao domingo).
(Mensagem enviada directamente do Zézinho, o da licenciatura ao domingo).
- Tens um mapa-mundo?
- Não... Mas por acaso dava-me jeito. Só por que às vezes queria saber onde ando.
- Não... Mas por acaso dava-me jeito. Só por que às vezes queria saber onde ando.
Não gosto deles, da mesma maneira que não gosto de Seu Jorge ou de Madonna. Irritam-me a audição.
Pouco me importa se o Bono é um filantropo que luta pelas mais belas causas humanitárias encostando-se à sua música para atingir metas.
Beautiful day só o é quando não passam esta malha na rádio. Pior... Fico Stuck in a moment (I) you can't get out of. O que me acontece? Elevation do meu estado de nervos. Depois dizem-me Achtung Baby que estás a falar dos U2. Ao que respondo em total graça, têm One saída. Não ler patavina do que para aqui despejo. Sair pela porta de entrada do meu blogue.
Não preciso de argumentos válidos para me explicar. Não gostar de alguma coisa é algo tão irracional como gostar. E deles, é que não gosto mesmo.
Pouco me importa se o Bono é um filantropo que luta pelas mais belas causas humanitárias encostando-se à sua música para atingir metas.
Beautiful day só o é quando não passam esta malha na rádio. Pior... Fico Stuck in a moment (I) you can't get out of. O que me acontece? Elevation do meu estado de nervos. Depois dizem-me Achtung Baby que estás a falar dos U2. Ao que respondo em total graça, têm One saída. Não ler patavina do que para aqui despejo. Sair pela porta de entrada do meu blogue.
Não preciso de argumentos válidos para me explicar. Não gostar de alguma coisa é algo tão irracional como gostar. E deles, é que não gosto mesmo.
Nunca desistir.
Sweet sunny monday.
O Ministro das Finanças suíço, Hans- Rudolf Merz, na quinta-feira, escangalhou-se a rir no Parlamento. Porque falava de condimentos e carnes. Escangalhou-se a rir e eu com ele.
A margem Sul é um deserto para lá se chegar.
- Já arranjaste emprego?
- Não, isso é coisa de ricos. Os pobres não tem dinheiro para pagar pelo emprego!
- Não, isso é coisa de ricos. Os pobres não tem dinheiro para pagar pelo emprego!
- Posso voar ao seu lado? É a primeira vez que voo.
(percebo porque quis voar comigo ao lado, sou gira que dói)
- Ah, já agora fica mesmo gira com esse chapéu.
(claro que fico, é que sou mesmo gira).
Ai este ego!
(percebo porque quis voar comigo ao lado, sou gira que dói)
- Ah, já agora fica mesmo gira com esse chapéu.
(claro que fico, é que sou mesmo gira).
Ai este ego!
Hoje descobri que o contacto com um recém-nascido pode ser contagiante.
Medo, muito medo. Levem-me de novo ao médico, devo ter alguma avaria.
Medo, muito medo. Levem-me de novo ao médico, devo ter alguma avaria.
Quem me arranja os contactos da A-Team?
Sempre que descubro um novo blogue sinto-me a assaltar uma casa.
Porque se a mim me coubesse uma escrita erudita. Porque se a mim me coubesse o conhecer ancião da vida, respostas ganhas e gastas pelo tempo. Porque se isso assim fosse. Não escreveria. Naive. Vocabulário tonto vagueia sempre pelos meus textos, em repetições irritantes, bater na mesma tecla ou teclas, space e enter. Um afasta o outro corta nisto a que eu insisto em chamar de escrita. Depois dizem, confusão verbal traduz uma profusão intensa de pensamentos que se revelam abstractos nas palavras dispersas, escancaradas de qualquer maneira que não há senso que as interprete.
Ainda assim.
Porque se a mim me coubesse já saber o que dizer, já saber responder. Eu não o faria tão superficialmente. Ainda estou a escavacar as minhas perguntas vanglórias de um filósofo por nascer. Borbulha por mim e em mim, a curiosidade constante de saber. Assim que souber, escrevo. Até então, sou uma tentativa. Ainda por falhar. Por escrever.
Campeões campeões nós somos campeões.
Melhor isto em repete no meu dispositivo auditivo do que Lady Gaga em Bad Romance. E vai daí que até ficou bem escrito, um romance no eixo mais popular do país, aquando derby, mais arrebita.
Soa-me a doença lá para os lado de Alvalade.
Melhor isto em repete no meu dispositivo auditivo do que Lady Gaga em Bad Romance. E vai daí que até ficou bem escrito, um romance no eixo mais popular do país, aquando derby, mais arrebita.
Soa-me a doença lá para os lado de Alvalade.
A puta da insónia parece um novelo de lã, leitura encriptada a uma ovelha. As vagas horas enchem-me a cabeça com estranhos ressoares de fábulas sem acústica. Atraem-se os pensamentos magnéticos. Assim é de se supor. Um profundo mergulhar no abismo que me devolve o olhar, quem o disse foi Nietzsche, leva-me a conceber por uma vontade alheia, o dito novelo de lã. Descontrolo total, momento áureo conseguido no exílio da concepção leviana, aquela que aquece o desejo com um simples despertar. E por decifrar o indecifrável, senti em mim, vulcão a querer devolver à porra da ovelha, a sua lã.
Mas a leitura vai encriptada.
Mas a leitura vai encriptada.
Estou neste momento a vivenciar uma convivencia harmoniosa entre meu dicionario cerebral e o teclado de um MacBook alemao.
Prevejo um final tragico sem acentos no presente paragrafo. Sera que se o utilizar o trema numa tentativa subtil para salvar o vocabulärio resulta?
Dou por mim em brasileiro.
Prevejo um final tragico sem acentos no presente paragrafo. Sera que se o utilizar o trema numa tentativa subtil para salvar o vocabulärio resulta?
Dou por mim em brasileiro.
*cortesia we heart it
Se a minha relação fosse um apartamento. Eu teria um hall de entrada amplo para receber o amor. Um espaço arejado que convidasse a entrar e a permanecer esse dito cujo. Encaminhava-o para um sala, um pequeno protótipo de ninho para a vida a dois que ali se iniciasse. Um sofá que pedisse por momentos de relaxamento, mesa para jantar com dois lugares sempre predispostos. A sala viria acompanhada por uma varada, para deixar o amor respirar. Porque os tempos de liberdade também são para ficar. Acompanhados por esse par. Perto da sala, a cozinha. Ali certamente que iria preparar entre os diversos condimentos e alimentos, o verdadeiro amor. Aprenderia a temperá-lo e a cozinhá-lo para depois o servir. Porque amar, é dar e receber.
O meu apartamento não seria excessivo, grande ou majestoso. Antes, simples e acolhedor. Pegava então na mão e levá-lo-ia para conhecer o meu quarto. Janela grande para mostrar ao mundo o amor que conquistei. Na cama, o seu berço. No armário as peças para o proteger e envaidecer. Na pequena mesa voltada para essa mesa janela, o meu computador no qual, sem medos, descreveria o apartamento. E os momentos que viveu do amor. A bendita arquitectura do amor.
O meu apartamento não seria excessivo, grande ou majestoso. Antes, simples e acolhedor. Pegava então na mão e levá-lo-ia para conhecer o meu quarto. Janela grande para mostrar ao mundo o amor que conquistei. Na cama, o seu berço. No armário as peças para o proteger e envaidecer. Na pequena mesa voltada para essa mesa janela, o meu computador no qual, sem medos, descreveria o apartamento. E os momentos que viveu do amor. A bendita arquitectura do amor.
Apetece-me gritar até arrebentar as artérias.
Ou então não. Deve doer.
Eis o truque para estar sempre na guest list. Um bom perfume!
212 VIP da Carolina Herrera.
É totalmente fiável de que o coração não tem poderes regenerativos como o fígado? Tenho assombrosas dúvidas a esse respeito.
Isto de ser uma pessoa viajada e experimentar diferentes tipos de realidades e culturas faz-nos, inconscientemente, comparar com aquilo que temos dentro de casa. Ao dizer dentro de casa, refiro-me ao lugar onde vivemos. E para o clássico português, ser-se cool, só mesmo lá fora.
Lá onde andar de transportes é cool, em território nacional só mesmo para o Zé Povinho porque-tenho-um-carro-giro-e-não-preciso-de-me-sujeitar-ao-Patchouli-da-velinha-no-28.
Lá, noutra terra qualquer, é igualmente cool andar de bicicleta como se em vez de pernas cada qual tivesse nascido com rodas. Aí na terra do Zé pobretanas bicicleta só mesmo para efeitos decorativos na sucata.
Ainda por terras que não a nossa é cool apanhar a merda do chão. E por merda refiro-me aos faxes dos cães, desses animais que tanto se gosta de ter. Tanto quanto sei, são animais irracionais. Os donos, claro porque não são capazes de deixar o passeio livre de dejectos para quem lá caminha, distraído.
Continuando por terras distantes, é tão cool a isenção de hierarquias! Por terras nacionais, nem pensar. Patrão é patrão e faz questão de o revelar.
Na hora de beber o café, se estiveres sozinho não faz mal. É cool - isto lá fora - beber café acompanhado por um livro e um estranho sentar-se contigo na tua mesa. Com a mesma postura. Na nossa casa, chega para lá, o lugar está ocupado e tenho de beber café a correr que o tempo voa nem dá para demonstrar um pouco de civismo.
São alguns exemplos daquilo que observa neste velho continente que é a Europa e do qual, o nosso país faz parte. Cada qual com a sua cultura. Cada qual com os seus vícios mas considero que os portugueses são ressabiados. Ninguém lhes liga por terem descoberto que o mundo era redondo e que havia mais terra para além da que se conhecia. Ninguém lhes dá mérito pela audácia que tiveram no passado. E são por isso, ressabiados. Como tal, gostam de agir com sensível superioridade para se igualarem aos outros.
Nada disso é necessário. Porque temos tudo do melhor ali à nossa mão, mas somos fracos de mais para o assumir. Tenho pena que conceitos de civismo se confundam. Lamento mesmo que olhem com desdém a uma postura de igualdade. Ser-se superior não é estar por cima dos outros. É saber descer do pedestal. Afinal, a adoração lá nos altos, só mesmo no altar da igreja.
E eu, como sou cool, vou até de bicicleta à cidade e levo o meu livro comigo.
Lá onde andar de transportes é cool, em território nacional só mesmo para o Zé Povinho porque-tenho-um-carro-giro-e-não-preciso-de-me-sujeitar-ao-Patchouli-da-velinha-no-28.
Lá, noutra terra qualquer, é igualmente cool andar de bicicleta como se em vez de pernas cada qual tivesse nascido com rodas. Aí na terra do Zé pobretanas bicicleta só mesmo para efeitos decorativos na sucata.
Ainda por terras que não a nossa é cool apanhar a merda do chão. E por merda refiro-me aos faxes dos cães, desses animais que tanto se gosta de ter. Tanto quanto sei, são animais irracionais. Os donos, claro porque não são capazes de deixar o passeio livre de dejectos para quem lá caminha, distraído.
Continuando por terras distantes, é tão cool a isenção de hierarquias! Por terras nacionais, nem pensar. Patrão é patrão e faz questão de o revelar.
Na hora de beber o café, se estiveres sozinho não faz mal. É cool - isto lá fora - beber café acompanhado por um livro e um estranho sentar-se contigo na tua mesa. Com a mesma postura. Na nossa casa, chega para lá, o lugar está ocupado e tenho de beber café a correr que o tempo voa nem dá para demonstrar um pouco de civismo.
São alguns exemplos daquilo que observa neste velho continente que é a Europa e do qual, o nosso país faz parte. Cada qual com a sua cultura. Cada qual com os seus vícios mas considero que os portugueses são ressabiados. Ninguém lhes liga por terem descoberto que o mundo era redondo e que havia mais terra para além da que se conhecia. Ninguém lhes dá mérito pela audácia que tiveram no passado. E são por isso, ressabiados. Como tal, gostam de agir com sensível superioridade para se igualarem aos outros.
Nada disso é necessário. Porque temos tudo do melhor ali à nossa mão, mas somos fracos de mais para o assumir. Tenho pena que conceitos de civismo se confundam. Lamento mesmo que olhem com desdém a uma postura de igualdade. Ser-se superior não é estar por cima dos outros. É saber descer do pedestal. Afinal, a adoração lá nos altos, só mesmo no altar da igreja.
E eu, como sou cool, vou até de bicicleta à cidade e levo o meu livro comigo.
Ser benfiquista é ter na alma a chama imensa
Tenho este hábito - apenas mais um entre outros mil - de vir ao meu blogue antes de dormir e de lhe desejar boa noite.
Perdi a cabeça, não perdi?
Perdi a cabeça, não perdi?
Estive aqui a vascular a memória do meu baby Tosh e fiquei de novo indignada com a minha capacidade de esquecimento. Imenso ficheiros que vão sendo organizados de pasta em pasta, todos muito bonitinhos e depois zbuff... Caiem no esquecimento.
Ora tenho para mim que se de facto tivessem importância eu lembrar-me-ia deles. Imagens, filmagens, músicas. Infinitos gigas preenchidos com tralha que não me saltam à vista nem puxam carroça. E como o meu baby Tosh não pode ter tudo, ando a usar com frequência o botão delete. Assim sem mais nem quê carrego nessa magia, reencaminho tudo para a reciclagem e lá esvazio a pasta. Sem dó nem piedade.
Uso sempre as mesmas imagens. Oiço sempre a mesma música consoante a fase ou mês ou semana em que estou. Quando gosto, gosto não me divido entre outras escolhas. Sou fidedigna aos meus gostos. Se eu usar esta magia proporcionalmente aos acontecimentos pragmáticos e disparatados do meu dia-a-dia, também arrumo a lixeira com insana facilidade. Tipo, arruma para o lado. Sai da frente. Como a música da Beyoncé to the left. E sendo eu uma versão personificada do meu baby Tosh, pouca memória tenho, uma (in)feliz incapacidade cerebral que acompanha desde nascença, apago o que ocupa espaço. Desnecessariamente. Assim arejo a actividade celular cinzenta que de volta em meia se desregula - convenço-me freneticamente que a constante mutação hormonal provoca esta espiral de bons e maus temperos - e volto a ocupá-la com quê? Mais informação ignóbil à minha solene existência.
Que fazer? Este notebook real em tamanho top-model para pessoas de pouca altura não é perfeito. Ainda assim sempre considerei que a memória externa seria uma boa adopção à minha evidente pessoa. Mas dizem o que vem com defeito de fabrico não tem solução.
Tal e qual como aquilo que não interessa.
Delete (se isto fosse um botão em vez de uma palavra aposto que este texto teria ido para o galheiro).
Ora tenho para mim que se de facto tivessem importância eu lembrar-me-ia deles. Imagens, filmagens, músicas. Infinitos gigas preenchidos com tralha que não me saltam à vista nem puxam carroça. E como o meu baby Tosh não pode ter tudo, ando a usar com frequência o botão delete. Assim sem mais nem quê carrego nessa magia, reencaminho tudo para a reciclagem e lá esvazio a pasta. Sem dó nem piedade.
Uso sempre as mesmas imagens. Oiço sempre a mesma música consoante a fase ou mês ou semana em que estou. Quando gosto, gosto não me divido entre outras escolhas. Sou fidedigna aos meus gostos. Se eu usar esta magia proporcionalmente aos acontecimentos pragmáticos e disparatados do meu dia-a-dia, também arrumo a lixeira com insana facilidade. Tipo, arruma para o lado. Sai da frente. Como a música da Beyoncé to the left. E sendo eu uma versão personificada do meu baby Tosh, pouca memória tenho, uma (in)feliz incapacidade cerebral que acompanha desde nascença, apago o que ocupa espaço. Desnecessariamente. Assim arejo a actividade celular cinzenta que de volta em meia se desregula - convenço-me freneticamente que a constante mutação hormonal provoca esta espiral de bons e maus temperos - e volto a ocupá-la com quê? Mais informação ignóbil à minha solene existência.
Que fazer? Este notebook real em tamanho top-model para pessoas de pouca altura não é perfeito. Ainda assim sempre considerei que a memória externa seria uma boa adopção à minha evidente pessoa. Mas dizem o que vem com defeito de fabrico não tem solução.
Tal e qual como aquilo que não interessa.
Delete (se isto fosse um botão em vez de uma palavra aposto que este texto teria ido para o galheiro).