Caixinha de sokoban

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E ia eu já no nível 12 do Sokoban quando o flash berrou.
Lá está, começar de novo.
Começar sempre de novo.

Aquilo do been there done that não é assim tão linear. Não escapamos às reviravoltas do mapa astral. Porque começamos sempre de novo. O caminho não foge muito à regra, tens sempre uma fórmula para dar certo. Há que tentar, mover as caixas, emperrá-las contra a parede, começar de novo, passos a mais, retiram-se uns movimentos, arriscam-se outros. No fim, passamos de nível. Complica. Muito mais. Mas sempre que erramos começamos de novo. Estudam-se as antigas estratégias de mobilidade, introduzem-se novas. Voltamos a errar, voltamos ao início. Começamos, mais cautelosos, com outra maturidade. O erro quando cai ao colo é visto como uma tentativa ainda por acertar e não uma falha no nosso caminho.

E ia eu já no nível 12 do Sokoban quando o flash berrou.
Lá está, começar de novo.

Começar sempre de novo.

Sushi do Dia

A nossa visão só se torna clara quando conseguimos olhar para dentro de nós. Quem olha para fora, sonha; quem olha para dentro, desperta.
Carl Jung

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