Sabes quando te vicias, assim mesmo à séria, e parece que nada mais faz sentido a não ser sentir aquele vício intenso e relaxante? Quando deixas que tudo pare, slow motion do tempo, rec rec, pausa. Nada interessa a não ser sentir aquele vício salgado timbrado nos lábios sedentos de um beijo ondular. Um vício que enriquece a alma, provoca amnésia aos maus agoiros. Espanta espíritos. Vais. Para lá de Bagdá atrás do sol posto em pensamentos tórridos impróprios para consumo, sonhadores de mais, exagerados, teus, meus, nossos, vai com roupa, sem roupa.
Já disse.
Sabes quando te vicias assim mesmo à séria em que todo o teu corpo se contorce de emoção, aquela que escala do interior do teu estômago exaltado aos céus? O tremor. A pele arrepiada. O toque. O deslizar.
Quando assim é, pega nessa tesão e atira-a contra o mar. Pede que te leve e lave. Com alguma sorte, viras vício imortal. Imoral.