discotexas da solidão

16:09

Este fim de semana vou-me enfiar numa discotexas perdida no tempo. Vou revestir as paredes com novas histórias, calibrar a pista de dança com movimentos bruscos de quem não se coordena com o tempo musical. Vou entornar por diversas vezes o conteúdo ilegal do meu copo, escancarado no chão, deboche aos euros despendidos, provocado por um desmesurado desequilibro emocional. Vou prender no alto os cabelos, que tanto aquecem o pescoço, aumentando a temperatura da pele despida, desenhada pela blusa recortada. Vou trocar olhares, por diversas vezes, ao ponto de confundir os rostos de quem me observa. Vou enxovalhar os maus espíritos que se colam, não largam, não percebem que a menina dança, mas sozinha. Vou seguir o cérebro, guiado pelo GPS do coração. De braço no ar, a fustigar os espantalhos. Que se arrede o caminho da solidão, estou de passagem.

Sushi do Dia

A nossa visão só se torna clara quando conseguimos olhar para dentro de nós. Quem olha para fora, sonha; quem olha para dentro, desperta.
Carl Jung

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