É oficial: viajamos no Carnaval!
17:54Está mais do que decidido que o fim-de-semana de Carnaval vai ser no estrangeiro no meio de uma aventura penosa, com noites mal dormidas e no meio de estranhos. O que vou ditar aqui é uma antevisão do que se vai passar.
Quatro amigos vão já atrasados para o aeroporto de Lisboa. Uma delas, a loira, esqueceu-se do C.U mas por sorte tinha o passaporte perdido na mala. No meio de muita correria lá chegam ao avião. Sentam-se separados e estão durante todo o voo a emanar sinais de fumo para conseguirem comunicar. Os assistentes de bordo quase que emitem uma ordem de expulsão por perturbação aérea.
Quando aterram apercebem-se de que a boleia prometida deu uma grande tampa. Nisto, a experiente do desenrascanço saca bicicletas e ordena a que todos pedalem até chegarem a um destino apresentável para descanso.
Assim que se deparam com um Hostel decidem pernoitar. Maravilhoso é o colchão perfurado pela ganza e o odor adocicado pela imensidão floral que não existe no Inverno. Tudo tranquilo, até que de manhã ao raiar do Sol a terceira viajante de guelra aberta invade os tímpanos vizinhos porque a mala desapareceu. Deixam apenas um par de peúgas.
Mas sem medo rapidamente apresentamos queixas às autoridades para que depois a viagem de regresso se processe dentro da normalidade. Entretanto, empresta-se umas indumentárias à cachopa e orientamos o passeio nas biclas adquiridas pela cidade. Fotografias aqui, fotografias ali e está é tudo doido para que a noite venha depressa. Loucos e vibrantes invadem a Rua Vermelha para espanto de uns e decepção de outros. Possessos pelos actos de alcoolismo fazem piercings e tatuagens que na manhã seguinte fazem chorar convulsivamente. Não há volta a dar e mais vale prometer não voltar a entra naquele estado de anémona.
Com a loira a ter um ataque de histeria por encontrar a orelha de Van Gogh, decidem dar-lhe calmantes naturais. Não há descrição possível para o que se sucede posteriormente. Imaginem apenas um astronauta fora de órbita.
Assim se passa mais um dia e avizinha-se uma nova noite. Fazemos apostas de índole pecaminosa as quais ninguém consegue cumprir porque não passamos de uma cambada de meninos, portanto mais vale partir o coco a rir com tamanha estupidez em conjunto.
Eis que chega o dia da penitência final que é o regresso. Não importa a quantidade de azares que viajaram connosco. A conclusão da viagem é somente esta: em Amesterdão, não podes dizer não!