O Steps Rabbit é um bocadinho irritante com o seu permanente discurso politicamente correcto ou é só impressão minha? Enfim... Até podia escrever um conto sobre um Rabbit que dava Steps, mas não me apetece.
Steps Rabbit.
O Rabbit dá Steps.
O Steps é Rabbit.
Pronto, é o Steps Rabbit.
Steps Rabbit.
O Rabbit dá Steps.
O Steps é Rabbit.
Pronto, é o Steps Rabbit.
Esta ideia de ter uma rádio completamente voltada para novas bandas e a passar somente o que agrada à maioria dos ouvintes, a mim, apraz-me, e muito.
Se quem passar aqui pelo meu blogue tiver um belíssimo contacto vodafoniano que interceda pela minha humilde honoris causa (coloquei aqui esta expressão já que está muito em voga com a vinda de Lula da Silva ao território da crise) de atingir um estágio de maturidade considerado impreterível nesta sociedade de hoje, ou seja, trocando isto por miúdos, não me importava, nem um pouco, de ter um dos futuros programas culturais que a VFM vai ter na sintonia 107.2.
E sim, conversa é coisa que não me falta. Já levo com tags de tagarela, galinha, entre outros, desde os meus tenros primeiros balbuciares de palavras. Quanto à voz, por favor, se a Júlia Pinheiro e a Cristina Ferreira têm emprego, nada me parece impossível (e não, não sou estridente como essas senhoras). Vá, ide, ide ao encontro das vossas cunhas e vendam-me que sou bom produto.
Por este andar, só me falta vender a alma ao diabo.
Se quem passar aqui pelo meu blogue tiver um belíssimo contacto vodafoniano que interceda pela minha humilde honoris causa (coloquei aqui esta expressão já que está muito em voga com a vinda de Lula da Silva ao território da crise) de atingir um estágio de maturidade considerado impreterível nesta sociedade de hoje, ou seja, trocando isto por miúdos, não me importava, nem um pouco, de ter um dos futuros programas culturais que a VFM vai ter na sintonia 107.2.
E sim, conversa é coisa que não me falta. Já levo com tags de tagarela, galinha, entre outros, desde os meus tenros primeiros balbuciares de palavras. Quanto à voz, por favor, se a Júlia Pinheiro e a Cristina Ferreira têm emprego, nada me parece impossível (e não, não sou estridente como essas senhoras). Vá, ide, ide ao encontro das vossas cunhas e vendam-me que sou bom produto.
Por este andar, só me falta vender a alma ao diabo.
Quanto mais o tempo passa, mais eu sinto a corda no pescoço.
and our minds were meant to sail
take a rest from our thoughts
take a brake from this world
and we'll feel miles away
from the places that we used to be
take a rest from our thoughts
take a brake from this world
and we'll feel miles away
from the places that we used to be
Perdoo o mar. Deixo que se justifique por que demora tanto tempo a ir e a voltar. Digo-lhe que me faz falta. Principalmente quando cai o dia e o sol com uma ligeireza se derrete sobre a terra, lá ao de longe na linha do horizonte. Sento-me à sua beira e conto-lhe o que perdeu, os sonhos que realizei, as lágrimas que libertei e as conquistas que alcancei. Volto a pegar nos seus búzios e ouvir os cânticos das sete ondas, brinco na areia, concebo castelos e devolvo as estrelas ao seu mar.
Quando o perdoar, esqueço-me. Dos seus momentos de fúria, de invasão, de monstruosidade. Mas compreendo a sua dor, a sua frustração de ver o homem por ali a entrar e a levar os segredos que mergulham na sua densa água, profunda, azul a quilómetros de onde alguma vez poderemos estar. A roubar pedaços de valor, de pérolas, rochas encriptadas que convergem ao nascer do mundo. Que tiram sem piedade os habitantes de escamas que ondulam o seu corpo ao passar nesse mar com sal. Que tentam desenhar curvas afinadas nas suas ondas, que sempre que vão, vêm. Vezes sem conta.
(a todas as vítimas do tsunami na Tailândia em 2004 e no Japão em 2011).
Quando o perdoar, esqueço-me. Dos seus momentos de fúria, de invasão, de monstruosidade. Mas compreendo a sua dor, a sua frustração de ver o homem por ali a entrar e a levar os segredos que mergulham na sua densa água, profunda, azul a quilómetros de onde alguma vez poderemos estar. A roubar pedaços de valor, de pérolas, rochas encriptadas que convergem ao nascer do mundo. Que tiram sem piedade os habitantes de escamas que ondulam o seu corpo ao passar nesse mar com sal. Que tentam desenhar curvas afinadas nas suas ondas, que sempre que vão, vêm. Vezes sem conta.
(a todas as vítimas do tsunami na Tailândia em 2004 e no Japão em 2011).
Em 2003, acho que foi em 2003, fui a Nova Iorque. De lá voltei com uns ténis cuja marca, confesso que por cá pouco conhecia, uns Skechers. Normalíssimos, cinzentos e pormenores amarelos, impecáveis para a época já que andava de calças largas descaídas, assim mais para o desportiva.
Anos mais tarde, tipo hoje em dia, sento-me à frente da televisão e consumo anúncios. Há quem consuma álcool em excesso, eu consumo anúncios televisivos. Eis que me deparo com o aparecimento de umas sapatilhas vindas da lua, literalmente. E para meu espanto, da Skechers.
Um engraçado cientista, com aquele clássico ar de nerd, sentado num jardim observava os transeuntes e atletas que passavam ou corriam, não importa o caso. Tanto observava que distraído vinha um casal, a caminhar e eis que o namoradito pisa em cocó de cão. Ou de gato. Ou de cavalo. Tanto faz, era cocó. Há quem diga que é sinal de sorte e vejam só se não é, o cientista com ar de nerd que ali estava sentado, observou com olhos de cientista o incidente, e, eureka!, pegou no bloco de notas e começou a conceber uns ténis cujo amortecimento seria idêntico ao pisar coco, melhor ainda, como se tivesses a andar na lua. Nasceram assim os Shape-Ups. Exponho aqui os protótipos iniciais.
Agradecimentos ao Ainda Pior Blog por partilhar uma história tão motivante para comprar os Skechers Shit-Happens.
Anos mais tarde, tipo hoje em dia, sento-me à frente da televisão e consumo anúncios. Há quem consuma álcool em excesso, eu consumo anúncios televisivos. Eis que me deparo com o aparecimento de umas sapatilhas vindas da lua, literalmente. E para meu espanto, da Skechers.
Um engraçado cientista, com aquele clássico ar de nerd, sentado num jardim observava os transeuntes e atletas que passavam ou corriam, não importa o caso. Tanto observava que distraído vinha um casal, a caminhar e eis que o namoradito pisa em cocó de cão. Ou de gato. Ou de cavalo. Tanto faz, era cocó. Há quem diga que é sinal de sorte e vejam só se não é, o cientista com ar de nerd que ali estava sentado, observou com olhos de cientista o incidente, e, eureka!, pegou no bloco de notas e começou a conceber uns ténis cujo amortecimento seria idêntico ao pisar coco, melhor ainda, como se tivesses a andar na lua. Nasceram assim os Shape-Ups. Exponho aqui os protótipos iniciais.
Agradecimentos ao Ainda Pior Blog por partilhar uma história tão motivante para comprar os Skechers Shit-Happens.
Estou cansada deste país. Estou farta da «gente da minha terra». Estou saturada de que digam que os jovens são mimados. Estou pelos cabelos com as greves de transportes que só afectam quem tem casa para sustentar. Não posso mais com quedas e não quedas de governos. Fatigada pela falta de soluções. Com corda ao pescoço se voltam a referir aumentos da taxa de desemprego ou inflação. Exausta desta procura de culpabilização do nosso estado. Não suporto mais ouvir barbaridades seja de quem for. Ninguém tem razão. Merda de terra. Merda de gente. Não é por acaso que quem emigra só fala mal de Portugal. A ver as coisas como elas são este pedaço de chão só tem merda. Atrás de merda. Atrás de merda. Pouca terra, pouca terra.
Afonso Henriques, não venhas cá baixo ver isto.
Afonso Henriques, não venhas cá baixo ver isto.
Embora na nossa fonética soe de uma forma imprópria para audição, Coco para mim, sempre foi uma referência engraçada para denominar um bicho de estimação. Mas isso agora pouco importa, a chuva cai lá fora, e a pop electrónica rodopia aleatoriamente no meu iPod até parar em repetição em I Blame Coco. A voz, juro que consigo encontrar verosimilhanças a Sting na época dos Police, mas obviamente, na versão feminina. Afinal, já o ditado o dita, filho de peixe sabe nadar, filho de Sting sabe cantar.
The Constant, o primeiro álbum data 2010, mas eu cá aguardo com boas expectativas o que se segue. É que aos 19 anos conseguir um contrato para seis álbuns com a Islands Records, leva-me a crer que daqui para frente, é sempre a abrir. Seja como for, só ainda não percebi a lógica do álbum. Tanto me remete à sonoridade de La Roux como o seu lado morno me embala para adormecer. E nisto tudo, o raio da indecisão, faz-me gramar à seria Coco.
The Constant, o primeiro álbum data 2010, mas eu cá aguardo com boas expectativas o que se segue. É que aos 19 anos conseguir um contrato para seis álbuns com a Islands Records, leva-me a crer que daqui para frente, é sempre a abrir. Seja como for, só ainda não percebi a lógica do álbum. Tanto me remete à sonoridade de La Roux como o seu lado morno me embala para adormecer. E nisto tudo, o raio da indecisão, faz-me gramar à seria Coco.
É aceitar.
... caminho difícil este, o da vida.
... caminho difícil este, o da vida.
Comecei aqui:
Sobrevivi. Já posso ser sardinha em lata que não sufoco mais. |
Terminei aqui:
Esta junto às medalhas de Karate, Ski, Ressacas, Natação, Dormir ao Domingo sabe bem, Pesca Desportiva, entre outras tantas. |
Pena dos que queriam correr e tinham domingueiros pela frente. Pena das babes assim, como se diz, roliças, mas que eram verdadeiros tsunamis na sua passagem. Pena dos senhores da limpeza que hoje se vão fartar de dar à vassoura. Pena de mim por ter ficado com os pés assados.
Tirando isso, para o ano volto, mas na frente de ataque como fez uma blogger que furou a multidão e acabou por correr oito e poucos quilómetros numa hora e pouco.
Ena!, que país de atletas.
Grande BBC! Do melhor.
de dizer...bom fim de semana?!?
Sempre eu.
Tudo eu.
Que seja...
Bom fim de semana!
Sempre eu.
Tudo eu.
Que seja...
Bom fim de semana!
Querem ver a autora deste blogue Feliz?
Eu sei que não, mas ainda assim não custa tentar. Desempregada como sou e com poucas perspectivas de vir a ganhar um ordenado de jeito nos próximos tempos, peço encarecidamente às almas caridosas deste mundo que contribuam para uma sushi mata feliz.
Como?
Façam aí uma doação para que o meu propósito seja conquistado. Comprar a...
Eu sei que não, mas ainda assim não custa tentar. Desempregada como sou e com poucas perspectivas de vir a ganhar um ordenado de jeito nos próximos tempos, peço encarecidamente às almas caridosas deste mundo que contribuam para uma sushi mata feliz.
Como?
Façam aí uma doação para que o meu propósito seja conquistado. Comprar a...
A culpa disto é do dono da vespa amarela. Obrigada por me mostrares a maravilha de ter uma «princesinha». Mas quero em vermelho a minha.
Ainda não me apetece ir a festivais. Nem um bocadinho.
Como é bom rebolar a rir.
ah ah ah
já não aguento mais... ai... oinc... LoL... ah ah ah
tão bom!
ah ah ah
já não aguento mais... ai... oinc... LoL... ah ah ah
tão bom!
Never despise small beginnings, and don’t belittle your own accomplishments. Remember them and use them as inspiration as you go on to the next thing. When you venture outside your comfort zone, wherever the starting point may be, it’s kind of a big deal.
Chris Guillebeau
«Toda a vida espiritual, intelectual, parada. O tédio invadiu todas as almas. A mocidade arrasta-se envelhecida das mesas das secretarias para as mesas dos cafés. A ruína económica cresce, cresce, cresce. As falências sucedem-se. O pequeno comércio definha. A indústria enfraquece. A sorte dos operários é lamentável. O salário diminui. O estado é considerado na sua acção fiscal como um ladrão e tratado como um inimigo. Neste salve-se quem puder a burguesia explora. A intriga política alastra-se. O país vive numa sonolência enfastiada.»
Primeiro livro das Farpas, escrito por Eça de Queiroz e Ramalho Ortigão, com publicação em Junho de 1871.
Primeiro livro das Farpas, escrito por Eça de Queiroz e Ramalho Ortigão, com publicação em Junho de 1871.
Se há coisa que não gosto é de coisas mornas. Nem é quente, nem é frio. É morno.
Aquilo que se passou ontem foi morno, sem energia e importância. Anda tudo por aí exclamar vitória, não sei eu de quê, nada mudou. Pessoas na rua, com cartazes mornos, e no dia seguinte, o jornais fizeram aquilo que melhor sabem, ou seja, deixar os assuntos mornos a arrefecer de vez.
Querem mudança, há que ter mais fibra.
Mas não, até para protestar qualquer coisa, este povo é morno. M-O-R-N-O.
Aquilo que se passou ontem foi morno, sem energia e importância. Anda tudo por aí exclamar vitória, não sei eu de quê, nada mudou. Pessoas na rua, com cartazes mornos, e no dia seguinte, o jornais fizeram aquilo que melhor sabem, ou seja, deixar os assuntos mornos a arrefecer de vez.
Querem mudança, há que ter mais fibra.
Mas não, até para protestar qualquer coisa, este povo é morno. M-O-R-N-O.
Porque só sabem andar de mão aberta para receber e fechada para dar.
«Acreditar que os seus pensamentos, acreditar que aquilo que é verdadeiro para você no âmago do seu coração é verdadeiro para todos os homens - isso é génio. Expresse a sua convicção latente, que esta deverá reflectir o sentimento universal. Devíamos aprender a detectar e a observar essa centelha de luz que lampeja em nossa mente. Entretanto, descartamos as nossas ideias sem nos darmos conta; elas voltam para nós com certa majestade alienada. Amanhã um estranho dirá do alto do seu bom senso magistral precisamente aquilo que pensamos e sentimos o tempo todo, e seremos forçados a aceitar envergonhados a nossa opinião dita por outrem.»
Ralph Waldo Emerson
Quantas vezes, aqui entre as paredes cerebrais, me perco em ideias e as transcrevo para o meu bloco de notas. Seja onde for, tenho essa necessidade, de manter em prática o exercício de uma mente permanentemente activa. E aponto, incalculáveis vezes, esses abstractos que a minha percepção compõe. A mente, de forma ensinada e automática, inicia o seu processo criativo, um gesto tão simples como escrever este texto. Estou a criar, constantemente, algo novo para mim e para a sociedade, e no caso de se tratar de algo valioso, serei apelidada de génio como Einstein. Mas é com exacta raridade que sai do caderno. Esqueço que as boas ideias merecem o seu tempo, lugar e devida atenção. Nem sempre me ocorre que todos nós somos seres criativos, cada macaco no seu galho, cada qual na sua área. Escrita, jardinagem, informática, medicina, culinária, entre tantas outras, o potencial de criatividade é elevado ao quadrado quando lhe é dada merecida consideração. Por franca evidência, uns salientam-se primeiro, espécie de pole position. Porque expõem as suas ideias, traduzem-nas numa linguagem universal. Os pensamentos de Sócrates, as invenções de Leonardo Da Vinci, a escrita soberba de Eça de Queirós, os traços de Renoir são pioneiros porque transportaram o seu talento criativo para a realidade. E, desde então, são mentes históricas.
Vou dar de comer à minha criatividade, permitir-lhe os rasgos de inteligência, e assim que tiver esse clímax de genialidade, que já os tive certamente sem os saber aproveitar, talvez os consiga expor antes de qualquer outro. Assim espero que a decepção não tome de novo conta de mim, como quando leio um livro ou blogue e constato, por palavras de outrem, a minha ideia.
Lá porque não estudei as teorias de Einstein, não quer dizer que não saiba desenvolver na minha mente, semelhante opinião.
Porque é que os picuinhas se ofendem com a mudança da nossa ortografia, mas entregam-se aos anglicismos como se não houvesse amanhã... ?
Em Portugal diz-se
Em Portugal diz-se
e no Brasil
Juro que me intriga.
Ah não, usar o português brasileiro é reduzir a nossa língua aos ex-escravos coloniais. Mas recorrer à soberania inglesa para dizer Stop, é porreiro. Não nos reduz nem um bocado. ´
Enfim...
O que te atrai em mim? Pergunto-me sempre, raio de incógnita que me persegue, aselha, que carece de uma investigação introspectiva mais profunda, e ainda assim, aqui estou a seduzir. Seja pelo sibilar das palavras, opulentas, preenchidas, curvilíneas, simplesmente, sedutoras. Que néctar é este que te faz delirar, sugar cada palavra que pronuncio quente ao teu ouvido, conforme contorno o teu pescoço levemente com o toque do meu beijo, tal como vampiro sedento por sangue, suculento. Vejo o teu olhar preso, nessa convulsão ardente de não, nunca, deixar de seguir o seduzir do meu falar.
O que te atrai em mim? O mel que brota dos meus lábios, quando mordisco com uma suavidade agonizante o meu lábio inferior e te deixa espreitar a minha língua ávida por um beijo? Ou é esta brincadeira de palavras que te concebe na mente o desejo de poder tocar em mim?
Que ainda assim seja, seduzo-te pelas palavras... e tu sugas delas, a realidade que há em mim.
O que te atrai em mim? O mel que brota dos meus lábios, quando mordisco com uma suavidade agonizante o meu lábio inferior e te deixa espreitar a minha língua ávida por um beijo? Ou é esta brincadeira de palavras que te concebe na mente o desejo de poder tocar em mim?
Que ainda assim seja, seduzo-te pelas palavras... e tu sugas delas, a realidade que há em mim.
Quero tanto ler outros livros. Livros novos, velhos, intensos, leves, torcidos, perversos, sentidos, pensados, históricos. Sei lá, livros. Quero livros. Muitos.
E, entretanto, descobri isto. Só me falta o Ipad.
E, entretanto, descobri isto. Só me falta o Ipad.
- etarras.
Na minha terra havia muitos relógios. Chocolates, vacas, queijos e relógios. Muitos relógios. Lembro-me que primeiro aprendi a atar os atacadores dos sapatos e depois seguiu-se o relógio. Quis um daqueles já electrónicos, o meu pai foi decisivo na escolha «tens de aprender com gente grande». Espetou-me o relógio na mão e eu automaticamente coloquei-o no pulso direito, que mania é essa de que os relógios só se usam no pulso esquerdo, até para isso há etiquetas de modos a que eu sempre achei relevante ser do contra, não fosse eu do signo de peixes, habituada a nadar contra a corrente, tem muito mais graça. E passei a olhar para dois palitos que andavam às voltas, e um terceiro quase transparente de tão fininho que era, certamente passava entre a chuva, indicando números, e vá lá que até dez já sabia contar apenas em alemão, português só mesmo os meus pais é que falavam, eu balbuciava figiríficos e coisas afim, mas as horas, eish... essas não me escapavam. Expedita como sempre fui, dominei em três tempos a pontualidade helvéctica, ainda hoje somos unha e carne, venha o diabo que vier ninguém me bate quando se trata de chegar a horas. Escusado será salientar a quantidade de vezes que fico pendurada, à seca, à espera, envelheço, juro ainda para mais porque os portugueses no geral não têm a mínima noção nem respeito pela horas, coisas profundamente enraizadas, dificilmente se irá alterar. Mas estava eu a dizer, o tempo passa, claro está que o relógio é o seu maior registo, só sei que nos tempos áureos da faculdade por escrever demasiado à mão e sendo eu destra trocar o relógio de lugar não dava por ir contra os meus princípios de ser do contra, então deixei de usar relógio, acabei por dominar as horas intuitivamente, ou melhor, passo a explicar basta colocar o dedo indicador direito apontado para o céu que vos digo as horas, consigo vê-las escritas no sol, assim sem mais nem menos, a cru e a nu.
E estava eu a falar de relógios. No ano passado dominei um desses da Swatch, reedição dos relógios plásticos, que gosto, confesso, tenho o encarnado, vá-se lá saber porquê, bem porreiro, no verão fica o máximo com o meu bronze sueco e neste caso jamais suíço, e pronto, foi-se o calor e eu tirei o dito do pulso e há pouco fui ali ao centro comercial e tendo passado pela ourivesaria deparei-me com um relógio de bolso ao qual se dá à corda, e caramba, ter um assim é genial.
Não há por aí algum low-cost deste tipo de relógios? Eu acho que vou propor isto à Swatch, já que deixei de os usar no pulso. Coisas minhas... Manias, diria eu, mas pronto... fica a ideia.
Entretanto, está na hora do Carnaval. Aliás faltam 60 segundos.
E estava eu a falar de relógios. No ano passado dominei um desses da Swatch, reedição dos relógios plásticos, que gosto, confesso, tenho o encarnado, vá-se lá saber porquê, bem porreiro, no verão fica o máximo com o meu bronze sueco e neste caso jamais suíço, e pronto, foi-se o calor e eu tirei o dito do pulso e há pouco fui ali ao centro comercial e tendo passado pela ourivesaria deparei-me com um relógio de bolso ao qual se dá à corda, e caramba, ter um assim é genial.
Não há por aí algum low-cost deste tipo de relógios? Eu acho que vou propor isto à Swatch, já que deixei de os usar no pulso. Coisas minhas... Manias, diria eu, mas pronto... fica a ideia.
Entretanto, está na hora do Carnaval. Aliás faltam 60 segundos.
Ainda que a vulnerabilidade exista nos dois casos, é evidente que todos sabemos salientar ou esconder o que melhor nos veste. Sei de histórias, muitas mesmo, e sei com convicção que a maioria acaba por revelar a faceta de mulher que precisa de homem. Talvez a nossa sociedade saiba explicar melhor este rasgo na personalidade da mulher, insegura, incapaz de estar só, aquilo de preferir estar com alguém que não é certo para preencher a solidão. Sei de histórias, inúmeras, onde a mulher se decepciona, se queixa, e chora no fim. Culpa a vida e o mundo, embrulha-se em raiva e gritos de guerra por ter sido enganada, por precisar. Porque os outros é que estiveram o tempo todo errados, ela nunca, porque não pode estar só e não há nada mais doloroso de que um caminho acompanhado por si própria. Porque, por mais penosa que seja, esta é a visão de uma mulher frágil, mais vulnerável até, que se põe a jeito e não observa com realidade a realidade. Aos meus olhos, a mulher de que o homem precisa, não é por esta saber colocar lâmpadas ou arranjar tomadas eléctricas, não se trata evidentemente de mulheres másculas, mas de mulheres com personalidade, inteligência e uma sensibilidade mais rasteira, mais fria. Vejo que os homens precisam sempre de mulheres, porque por mais que estas lhes massacrem o dia, lhes encham o pensamento, raro aquele que gosta de uma cama fria. Redundante, não? Precisar, todos precisamos, sempre, de alguém.
e digo muitas vezes baixinho, com um mundo tão desequilibrado é preciso ter alguma perícia para se balançar neste tango a solo.
Gostei... embora considere o final ingénuo, Sofia Coppola regressa ao seu registo seguro após Maria Antonieta. Aliás, volta tão atrás que a vida das personagens estão de novo mergulhadas neste espírito de artista de cinema, boémio e excêntrico. A personagem delicada e loira, Cleo, dá autenticidade à história, comum como qualquer outra, imbuindo Johnny Marco de se tornar pai, mais do que meramente biológico. A evolução da história entre pai e filha é gradual e de uma sensibilidade cativante. E é neste ponto que se denota o olhar de Sofia, mais maduro e marcante, que foge dos enquadramentos rígidos e frontais de Lost in Translation para dar lugar a uma colocação subtil das câmaras em diagonal, muito discreta como se fossemos parte integrante do enredo.
A pequena Elle Fanning deslumbra pela sua espontaneidade, e mesmo tendo poucas falas, desenha a sua personagem de forma ideal, através dos delicados gestos que articula seja a preparar o pequeno-almoço ou a bebericar chá ou café debaixo de água com o pai. Stephen Dorff abraça aqui um dos melhores papéis da sua carreira, nesta personagem vaga e perdida no lugar certo, mas que procura o tal je ne sais quois de complementaridade para a sua vida.
As imagens pensadas por Sofia são mais do que auto-suficientes para contar a história, como quando as duas personagens se encontram à beira da piscina, onde em primeiro se abre a imagem e depois a câmara traça o um zoom-out acompanhada apenas por I'll Try Anything Once dos The Strokes, e consegue assim, eternizar os ténues laços de paternidade e assombrar com uma sensação carismática de plenitude.
O final é ingénuo na minha humilde opinião por roubar a Johnny tudo aquilo que o torna numa pessoa real e não apenas numa personagem cinematográfica. Ainda assim, creio que na próxima longa metragem Sofia Coppola vai continuar a justificar o Leão de Ouro ganho em Veneza.
A pequena Elle Fanning deslumbra pela sua espontaneidade, e mesmo tendo poucas falas, desenha a sua personagem de forma ideal, através dos delicados gestos que articula seja a preparar o pequeno-almoço ou a bebericar chá ou café debaixo de água com o pai. Stephen Dorff abraça aqui um dos melhores papéis da sua carreira, nesta personagem vaga e perdida no lugar certo, mas que procura o tal je ne sais quois de complementaridade para a sua vida.
As imagens pensadas por Sofia são mais do que auto-suficientes para contar a história, como quando as duas personagens se encontram à beira da piscina, onde em primeiro se abre a imagem e depois a câmara traça o um zoom-out acompanhada apenas por I'll Try Anything Once dos The Strokes, e consegue assim, eternizar os ténues laços de paternidade e assombrar com uma sensação carismática de plenitude.
O final é ingénuo na minha humilde opinião por roubar a Johnny tudo aquilo que o torna numa pessoa real e não apenas numa personagem cinematográfica. Ainda assim, creio que na próxima longa metragem Sofia Coppola vai continuar a justificar o Leão de Ouro ganho em Veneza.
Alexandre Farto. Nas paredes daqui e ali. |
A falta de talento em Portugal é preocupante. A começar pelo júri do programa da SIC que não sabe escolher pessoas com talento. Depois porque são necessárias bolas de golfe para travar jogadores de futebol em campo, simplesmente por não se saber jogar à bola. O cúmulo é o dono da fábrica das bolas de golfe, acho que se chama pinto da costa - não tenho bem a certeza, o Google não me confirma - por não ter o talento de saber perder então põe um chip no cérebro das pessoas para irem atirar as suas bolas de golfe aos jogadores de futebol, especificamente aos do Benfica.
O único talento aqui é o meu por saber ver coisas.
E o Jel que ganhou o Festival da Canção?
O único talento aqui é o meu por saber ver coisas.
E o Jel que ganhou o Festival da Canção?
Sou uma pessoa insípida. Assim mesmo, desenxabida. Sempre fui uma menina bonita, loirinha de olhos claros, orgulho dos pais, exemplo para a irmã mais velha e nunca o contrário, esforçada, pulso firme e tal, aluna querida, que não perde a cabeça com drogas ou álcool, bem-disposta, segura, atenciosa com os idosos, a parar sempre para os peões atravessarem a estrada... adiante, dou por mim a conferir que nunca fiz nada de épico.
E, isto, faz de mim uma pessoa totalmente desenxabida.
Desenxabida.
E, isto, faz de mim uma pessoa totalmente desenxabida.
Desenxabida.
A que precisa de homem.
A que o homem precisa.
A que o homem precisa.
a imagem fica para amanhã, com as capas dos desportivos.
O doryismo é uma doença grave. Atinge qualquer pessoa, a qualquer idade e tem um sintoma particular. Eu fiz a check list do Dr. Oz e sei que tenho. Descobri que tenho. Andava desconfiada. Agora tenho a certeza. E vou ter que aprender a viver com esse problema.
Aqui vai a imagem da doença para vosso conhecimento e caso também tenham esse sintoma, que revelo agora - o esquecimento -, ficam a saber que é isto que está dentro do vosso corpo:
Aqui vai a imagem da doença para vosso conhecimento e caso também tenham esse sintoma, que revelo agora - o esquecimento -, ficam a saber que é isto que está dentro do vosso corpo:
Dory, a doença do esquecimento. |
thanks sis :)
Sempre sonhei com a minha morte. Imaginei-a, muitas vezes, demasiadas vezes, ainda assim de todas essas vezes, tinha um sabor a tragédia esmagadora e um heroísmo inerente. Sempre soube que não iria morrer vítima de doença prolongada, sozinho em casa esquecido, velho ou de morte natural. Desde sempre projectei o meu final, em grande, como cena de teatro dramática, de arrepiar a espinha e, mesmo assim, comovente.
O mar lá em baixo estava bravio, fúria dos deuses, esmurrava as rochas, impunha a sua raiva, espumava-se, debatia-se e quis contrariar a nossa vontade. Sentamo-nos nas rochas. Senti-as húmidas, salgadas, escorregadias. Tão escorregadias que arrancou um de nós, fê-lo deslizar pelo enredo, engoliu-o mar adentro, enraivecido pela desobediência de vozes sábias. Quisemos testar a nossa ignorância. Descalcei-me e invadi a privacidade desse monstro azul. Sugou-me. Atirou o meu corpo entre correntes, arrastou-me sem dó nem piedade. Não pude mais respirar. Quis, pedi, exigi à natureza que me transformasse, me fizesse guelras e me desse escamas de peixe. Juntar-me ao inimigo. Mas não. O mar, afogou-me. Cortou-me a vida e deixou o meu corpo submerso, preso, controlado para jamais esquecer que a natureza tem poder.
Dizem agora, que altruísmo. Atirar-se ao mar para salvar um amigo. Mas eu sempre soubera, hei-de morrer jovem, despreocupado, livre, trágico e no final, um herói. Mártir.
O mar lá em baixo estava bravio, fúria dos deuses, esmurrava as rochas, impunha a sua raiva, espumava-se, debatia-se e quis contrariar a nossa vontade. Sentamo-nos nas rochas. Senti-as húmidas, salgadas, escorregadias. Tão escorregadias que arrancou um de nós, fê-lo deslizar pelo enredo, engoliu-o mar adentro, enraivecido pela desobediência de vozes sábias. Quisemos testar a nossa ignorância. Descalcei-me e invadi a privacidade desse monstro azul. Sugou-me. Atirou o meu corpo entre correntes, arrastou-me sem dó nem piedade. Não pude mais respirar. Quis, pedi, exigi à natureza que me transformasse, me fizesse guelras e me desse escamas de peixe. Juntar-me ao inimigo. Mas não. O mar, afogou-me. Cortou-me a vida e deixou o meu corpo submerso, preso, controlado para jamais esquecer que a natureza tem poder.
Dizem agora, que altruísmo. Atirar-se ao mar para salvar um amigo. Mas eu sempre soubera, hei-de morrer jovem, despreocupado, livre, trágico e no final, um herói. Mártir.
Cortesia arrais-do-mar.blogspot.com |