Passo-a-rezar.net
00:27
Fui educada na religião católica e durante algum tempo, especialmente na típica fase da adolescência, as palavras da Igreja pesavam. Tudo era significado de pecado, má conduta, erros. Desde os atos mais simples como mentir, dar sorrisinhos na missa só porque a velhota do lado ia adormecendo, coisas assim. Tudo isto, era errado. E se era errado, ofendia Deus.
Depois, devido a um professor de filosofia excêntrico, fui conduzida a pensamentos como os de Nietzsche, de que Deus estava morto. Não passa tudo de uma crença intrínseca ao Homem em acreditar em algo mais forte do que a própria vida humana. Digamos que as palavras dos filósofos, vieram para ficar. A igreja, perdeu-se. A fé, por mais reservas que tenha, sinto que existe. Ao longo dos anos a religião católica ficou mais do que jurássica, esquecida e muito aborrecida. Aposto que a maioria acena com a cabeça. Há uma certa concordância, nesta geração, de que a Igreja está desatualizada. Desinteressante, também.
É por isso, que com alguma surpresa, vim a descobrir uma nova forma de cristianismo. Espalhar a fé, afinal, pode ser um ato moderno como estar alojado num sítio na Internet e ter ficheiros MP3 para descarregar e ouvir a caminho do trabalho.
São trechos da Bíblia, com alguma música angelical no fundo, que fazem refletir sobre as nossas ações diárias. Penso ser um bom caminho para o despertar da Igreja. Às vezes, um pouco de moralidade, pode-nos ajudar a tomar decisões mais acertadas.
As palavras de dia 24 eram sobre o futuro da geração e o que é que Jesus quer para nós.
Vejo com isto, e não querendo de todo ferir suscetibilidades, de que a Internet chegou ao céu. O Facebook e o Twitter já estão nas nuvens. Fora os sarcasmos, é uma excelente forma de atingir massas.
Como diz a própria reflexão, Jesus pode ter-se sentido exasperado por as pessoas não captarem a sua mensagem. Acho que ao recorrer a este tipo de ferramentas, renasce nesta altura de descrença, alguma motivação para se acreditar que amanhã o dia pode ser melhor. E põe-nos a pensar - sim. Confesso de ter ouvido mais do que uma faixa, afinal é grátis e dá para por no Mp3.
O projeto é de iniciativa jesuíta. A quem não sabe, o retiro espiritual é a sua principal ferramenta onde prevalece o silêncio, na tentativa de uma introspeção que nos torne em pessoas melhores.
Aos interessados, e ou, curiosos fica aqui o sítio (que em termos de design, a meu ver, está muito bom).
Ps: existe na versão inglesa, para os poliglotas: Pray as you go.