Que me tiram do sério.
Expressões como ele há coisas, ele há coisas com coisas, ele há aqui, ele há ali, ele há dias... Uma série de eles  que me levam frequentemente a perguntar - o povo adora falar para o abstracto ou as aulas de português ficaram presas no passado? Se é suposto ter graça, não tem. Dá antes um ar rústico aos textos.
A minha explicadora de português chamava-se Zulmira. Professora Zulmira. Exigência era a sua melhor característica. Obrigava-me por isso a conjugar três verbos por dia. O verbo haver não fugiu à regra.
Eu hei-de
Tu hás-de
Ele há-de
Nós havemos
Vós haveis
Eles hão-de
Surpresa. Ele há-de... qualquer coisa. Agora ele há?!?! Há uma gafe, isso é que há.