nas palavras em que caio

19:31

Tropeço, frequentemente, nelas. Nessas palavras leves e soltas, que conquistam com a ténue composição. Dão o parecer que são firmes, definitivas, o pequeno alento que cresce neste espaço carente. Oiço o que quero. Sabe bem. Mesmo bem. Tal e qual as letras das músicas que têm o único propósito de serem minhas. Escritas para mim, porque compreendem o meu estado de alma, inquebrável. Quando apanho palavras assim.
Mas, depois, caio na dura realidade: as palavras, como códigos. Escondem os propósitos, enfiam-se nas entrelinhas e diferentes sinónimos, querem dizer uma coisa e eu vejo outra. Porque, carente, como sou preciso delas assim. Sem tirar nem por. 
Rasgo as folhas. Denuncio a raiva por não entender que aqueles significados, não são para mim. Antes para alguém vê outro fim.

Sushi do Dia

A nossa visão só se torna clara quando conseguimos olhar para dentro de nós. Quem olha para fora, sonha; quem olha para dentro, desperta.
Carl Jung

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