127 horas

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A história não pode ser banal pelo simples facto de que, raramente, alguém parte para a aventura sozinho sem avisar sobre o seu paradeiro. O filme ronda a prisão da personagem no rochedo, na fissura, ali dependurado. É bem ao gosto de Boyle, interessante como sempre, com filmagens vertiginosas sobre o acidente, pensamentos, delírios, a ligação de Aaron com a própria rocha. James Franco está de parabéns, conseguiu-me prender ao ecrã durante toda a película, culpa do seu carisma. Gosto da velocidade das imagens, centradas num único ambiente - mesmo quando entramos nas alucinações não se foge muito ao desfiladeiro no Utah - e, particularmente, da banda sonora perfeita porque brinca, nos momentos de maior tensão, com lufadas de ar fresco, musical.
Confesso (aliás continuo a dizer que não tenho coragem para ser médica, tenho estômago fraco) franzi inúmeras vezes o sobrolho, cerrei os dentes, mas levo comigo uma boa lição. Todos, querendo, superamos 127 horas.

Sushi do Dia

A nossa visão só se torna clara quando conseguimos olhar para dentro de nós. Quem olha para fora, sonha; quem olha para dentro, desperta.
Carl Jung

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