Labirinto do Sonho

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Não é a interpretação dos sonhos de Freud, vai mais além. A criatividade de Inception (A Origem) torna este filme, sem sombra de dúvida, um dos favoritos à nomeação dos Óscares.
A velha ideia de Christopher Nolan ganha vida com a interpretação de Leonardo DiCaprio e restante elenco e oferece ao espectador tudo aquilo que se ambiciona com um filme - suspense, divertimento e acima de tudo, estímulo intelectual. É, por isso, inquestionável que Nolan seja o rei do cinema mainstream. Encontram-se vestígios do seu fascínio pela percepção e memória como se viu em Memento mas muito se questionou sobre a ficção científica de Inception. É simples como uma ideia só, implementada na cabeça de alguém, uma ideia resiliente, que ali fica para dar origem a esta obra cinematográfica. Não há extraterrestres nem muito menos criaturas nunca antes vistas, é antes o mergulhar na mente, invasão dos sonhos e seu contínuo roubo. A genialidade percorre todo o roteiro do filme, onde os conceitos complexos em diversos patamares de sonhos nos fazem vaguear entre a montanha-russa visual e aquela que apela aos sentimentos primários desde o amor, perda e constante esforço mental para não se esquecer quem se perde. Tudo isto numa película de 148 minutos do qual saímos a questionar - sonho ou realidade?

Uma observação pertinente. Leonardo DiCaprio reaparece descongelado de Titanic. Ao fim destes anos seria normal que desse à costa e com o mesmo penteado.

Agora vou dormir. Perder-me no labirinto do meu sonho. Só espero que até hoje não tenha tido invasões Extractoras na minha mente... Seria de mau tom alguém vasculhar o cofre do meu inconsciente.

Sushi do Dia

A nossa visão só se torna clara quando conseguimos olhar para dentro de nós. Quem olha para fora, sonha; quem olha para dentro, desperta.
Carl Jung

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