Diz Bellucci. E eu concordo. 
Cliché ou não, a verdade é que a maior parte da beleza, para além dos traços genéticos que nos desenham, emerge de dentro. Desta tal alma profunda de que Bellucci fala. Ser tranquila, viver de bem com o nosso mundo, mas ao mesmo tempo ser vaidosa, gostar daquilo que é projectado ao espelho, das saliências ou mazelas, das perfeições ou imperfeições, como quiserem. Gostar do vermelho do Ferrari tanto como do tubo de escape. 
Acima de tudo, há que saber manejar a beleza. Também palavras da actriz. Concordo. A beleza pesa, e mal aplicada, pode ser um desastre total. Uma pessoa desvaloriza-se face ao espírito que tem. Se o alimentar cuidadosamente, cuidar dele como se cuida do corpo na luta contra o peso e o envelhecimento, o espírito irradia. E isso, vê-se por fora.