Como descartar um amigo?

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Andas tu a vaguear pela net, muito provavelmente sem pensar no assunto, e às tantas ouves aquele click do chat (seja qual for, isso agora não vem ao caso). O tal amigo faz conversa, fala do tempo, do tempo que já não te vê blá blá blá wishkas saquetas. Nisto, em primeiro lugar respondes só porque não tens mais nada para fazer, em segundo a música que toca no teu pc até te deixa mais animada, não a conversa, de maneira a que deixas fluir o dilúvio verbal do amiguito.
Quando dás conta, estás num filme com um momento digno de silêncio constrangedor, do género - como é que me esquivo desta: respondo tranquila ou faço o clássico papel de loira distraída "não estou a apanhar nada da conversa?!" - mas acabas por responder alhos porque rimam com bugalhos.
Enfim, quando um amigo se torna mais atrevido ou estoira com uma declaração de amor de perdição de última hora, o melhor mesmo... É nem pensar nisso.
Já me aconteceu, fiz-me sempre de desentendida até porque visto muito bem o papel de loira oca quando quero, mas não resulta. A partir dali, as conversas são estranhas, tens de colocar limites e já nem podes ter aquele tipo de à vontade inicial porque eles são básicos, ou seja, interpretam isso como puro sinal de avanço. Querem um exemplo? Não? Ok. Acho que é perceptível.
O meu conselho. Juro que não consigo ter. Não prescindo dos meus amigos mas também não quero mau clima. Às tantas, dar tempo é uma boa atitude. Sossegada no teu canto até que ele perceba que não estás nem aí, só em caso de urgência quando tens algo para desabafar do tipo "o cabrão deu-me cabo do coração."

Sushi do Dia

A nossa visão só se torna clara quando conseguimos olhar para dentro de nós. Quem olha para fora, sonha; quem olha para dentro, desperta.
Carl Jung

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