Um céu de arromba, braços largos curiosos como se fossem sufocar a cidade inteira. E sufoca. Brilha, ofusca no alto, reflecte-se na manga azul que rompe Tejo adentro. Os navegadores vão atrapalhados pela branda entrada, a falta de uma ponte e um deserto do outro lado. Aguardam relutantes pela ondulação, não conhecem o sentido estático durante meses a fio. A pele espelha o...
Até já pelo New York Times somos 'cantados'. Até já pelo New York Times somos 'cantados'. ...
Como gosto do mundo virtual, abri conta no Pinterest. Aquilo é giro, mas não percebo a utilidade. É como o Twitter, também não sei usar muito bem... Afinal não sou assim tão dada às modernices. Era só isto, tenho de mergulhar de novo nos relatórios. até já, Sushi ...
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A partir de hoje o meu mundo faz mais sentido, especialmente quando me esqueço de como cheguei a casa. Tenho a franca sensação de colocar o meu cérebro offline em inúmeras situações da minha vida. «Muitos já terão tido a experiência de, ao chegarem a casa fazendo o seu percurso habitual, não se lembrarem de grande parte do mesmo, ou de após lerem várias páginas...
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Dos teus olhos, a extensão de uma imagem. Não a consigo reproduzir em texto, simplesmente porque não tenho o alcance do teu pormenor. Consomes-me nos contornos. Vês-me, abres o obturador, desfocas-me e aproximas-te devagar, pixel por pixel. Consegues decifrar as luzes, os contrastes, os tons quentes e frios, desenhas-me para o cartão digital e perpetuas os momentos divididos. Danças devagar com a máquina...
Sempre quis ser hippie. Dandy. Vadia. Vagabunda. Fumar ervas e rodar a saia longa a roçar as sandálias romanas. Cabelo comprido e risco ao meio, fita na testa e a inspirar liberdade. Inebriante estilo de vida, associado a festividades sem fim, Woodstock, muito amor e rock'n'roll. Vou vestir essa pele, mas como repórter. ...
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Faz um ano que um bando de perdidos se lançou avenida abaixo. Faz um ano que muitos quiseram dar voz a sua história, uns com mais direitos do que outros, outros por associação e uns quantos só porque queriam ir para os copos. Verdade seja dita, vi várias gerações, aflitos e com conflitos pelo caminho. E eu, uma delas. Um ano depois, e...
O acaso da fotografia. Um simples disparo aquando quatro homens decidem atravessar a passadeira, talvez num passo sincronizado ao som de Come Together, em batida profunda, e os pés vincam na História as zebras do alcatrão. Ao fundo, na imagem, dimensionada a capa de álbum, hirto, em pose intransigente, descobre-se um simples turista em viagem, passo a redundância, que nunca se atreveu a ouvir...
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Nunca fui muito louca por tecnologia. Mas há um aparelho que desde sempre, desde o primeiro dia, fez um click do caraças. A sushi iPede tanto por uma coisinha destas... :p ...
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E todas as mulheres de braço no ar! ...
Uma chuva que se tolda ao chão perfurado, carreirinhos de terra esmorecida escorrem por entre pedras da calçada, verdadeiros aquedutos para anões. Travessias apressadas de quem não quer abrandar o ritmo translúcido da vida. Depois, um rasgo tremido nas nuvens abre os olhos a quem perdeu a esperança de voltar a consumir luz. Abespinham-se pensamentos, do teu corpo consumado no meu, nesse sublimar momento, e...
o bom inverno chega a lisboa em pleno verão. E eu, de gorro e luvas, lá estarei a aquecer a alma. ...