história da carochinha

18:39

Percorrem-me as notas numa profunda sonolência. Sinto o corpo a cair ao de leve por cima do feno seco colhido pelo caseiro. Lá ao fundo, as nuvens dançantes. Oiço os cânticos índigos, vozes suaves que saltitam entre pequenas personagens florestais. Levanto-me e pego nas folhas secas, as outras racham à minha ténue passagem. Fragmentam-se e entregam-se de volta à mãe natureza.
Puxa-me a mão e guia-me. Diz-me para me deixar ir pelo rio abaixo, por essa água que contorna os vazios das pedras frias e cinzentas, submersas. Vou atrás, de sorriso tímido. Os peixes reluzem, até demais. O meu corpo vagueia pelo mundo, desprendido de emoções negras, apenas um estado líquido de felicidade. A culpa é dele, só pode ser dele. Porque me faz ver fadas e duendes, castelos.

Sushi do Dia

A nossa visão só se torna clara quando conseguimos olhar para dentro de nós. Quem olha para fora, sonha; quem olha para dentro, desperta.
Carl Jung

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