Dígitos do meu bes, que estão todos os dias a negativo
Aguentai-vos mais uma temporada
Porque pelo andar da carruagem
Vem aí uma outra descarrilada.
Não me deixem ficar mal
Mantenham o chip e a banda magnética funcionais
Caso contrário, de mim, só se ouvirão
Ai ai ais.
Eis que aqui estou
Gratuitamente
À procura de um trabalhinho
Para pagar as contas, consoladamente.
Sei que não são responsáveis
Por estes momentos tão pesarosos
Mas bem que podiam, como que milagre
Encher o meu NIB com notas memoráveis.
Aguentai-vos mais uma temporada
Porque pelo andar da carruagem
Vem aí uma outra descarrilada.
Não me deixem ficar mal
Mantenham o chip e a banda magnética funcionais
Caso contrário, de mim, só se ouvirão
Ai ai ais.
Eis que aqui estou
Gratuitamente
À procura de um trabalhinho
Para pagar as contas, consoladamente.
Sei que não são responsáveis
Por estes momentos tão pesarosos
Mas bem que podiam, como que milagre
Encher o meu NIB com notas memoráveis.
Detesto como aqui se vive o espírito natalício, mesmo. As decorações nas cidades são acolhedoras e dão alma a esta quadra, as comidas, os cheiros e o tempo frio são sempre pano de fundo. Até aqui, excepto a neve que tanta falta me faz, gosto. Gosto mesmo.
Depois passamos ao lado sombrio do Natal. As compras exageradas, constantes assaltos às lojas para comprar tudo e mais alguma coisa para se dar, estoirar com o décimo terceiro mês, compras, compras, compras... Só compras. Juro que me irrita. Em plena luz do dia, durante a semana, os centros comerciais estão apinhados de gentinha fútil que só pensa que o Natal é para dar. Dar presentes, roupa, brinquedos, tecnologia. Que povo ignorante! E o resto? Natal é convívio. Celebrar uma acção cristã, o nascimento de Jesus. Mas já ninguém sabe disso. Nem querem. Só querem dar presentinhos que daqui a uns meses estão totalmente démodé.
Não dou nada a ninguém no Natal. Quero simplesmente estar com a família e amigos, os que me aconchegam o coração.
Depois passamos ao lado sombrio do Natal. As compras exageradas, constantes assaltos às lojas para comprar tudo e mais alguma coisa para se dar, estoirar com o décimo terceiro mês, compras, compras, compras... Só compras. Juro que me irrita. Em plena luz do dia, durante a semana, os centros comerciais estão apinhados de gentinha fútil que só pensa que o Natal é para dar. Dar presentes, roupa, brinquedos, tecnologia. Que povo ignorante! E o resto? Natal é convívio. Celebrar uma acção cristã, o nascimento de Jesus. Mas já ninguém sabe disso. Nem querem. Só querem dar presentinhos que daqui a uns meses estão totalmente démodé.
Não dou nada a ninguém no Natal. Quero simplesmente estar com a família e amigos, os que me aconchegam o coração.
Num tempo onde a esperança já é tão vã. Num tempo em que o acreditar em algo maior dentro de nós já parece tão incauto, surgem rasgos de luz e esperança trazidos pela fantasia da Lua Cheia.
Twilight é a minha nova cocaína. Nunca tive grande interesse, mas a história da impossibilidade entre dois jovens amantes desperta em mim a saudade de um conto de fadas tão distante. Surreal e desejado. Puro veneno para o aquecer de um coração.
Twilight é a minha nova cocaína. Nunca tive grande interesse, mas a história da impossibilidade entre dois jovens amantes desperta em mim a saudade de um conto de fadas tão distante. Surreal e desejado. Puro veneno para o aquecer de um coração.
... A caminho da Segurança Social.
Bem, não fui até lá fisicamente mas considerei que já que o site das Finanças trabalha tão bem, porque não arriscar e tentar descobrir por via virtual o estado da minha situação ou situação do meu estado perante essa besta que é a SS. Sim, e para quem tem boa memória ou prestou atenção às aulas de história, SS era aquela organizaçãozinha que controlava os campos de concentração lá na horrível Alemanha nazista. Sendo politicamente correcta, neste país que é Portugal, SS é a abreviatura de Segurança Social e para mim, é tragicamente uma organização que controla os fracos e oprimidos, desempregados-que-não-são-desempregados-mas-também-não-sabem-qual-o-seu-estatuto-já-que-não-entram-nas-contas-do-estado-excepto-para-pagar-as-contribuições-da-SS-sem-ter-nada-em-troca.
E pronto, lá vou eu. Primeiro pedi a palavra-chave, recebi uma mensagem que dentro de dias, pelo tradicional correio iria ter acesso à dita cuja. Assim que chegou o envelope mágico liguei o PC e invadi a SS Directa, que é uma maneira mais simplex de conseguir obter uma coisinha má. Erro meu. Estupida. A pensar que no site da SS iria consultar o meu panorama. Ora, já que clico na barra lateral do estado das contribuições e dizem que não tenho acesso a esta área, penso, olha afinal tenho tudo em ordem.
Mas, não vá o diabo tecê-las, liguei para o numerozeco que aparece no site. Ao fim de 12m33s atendeu-me a Simpatia. Não estou a satirizar, era de facto, uma voz simpática do outro lado do telefone. Expliquei-lhe o que pretendia saber, neste caso, se possuo alguma dívida perante a SS e o montante e ainda o como para poder pagar caso fosse o caso. O raio da cachopa deixou-me de novo à espera depois de 4000 perguntas de confirmação de que seria mesmo eu ao telefone (e pelo andar da tecnologia daqui a uns tempos temos um confirmador de voz), para me trazer a excelente notícia de que... Não podia facultar essa notícia ao telefone e como tal teria que me deslocar pessoalmente à SS.
Como não tenho gosto em me enfiar naquele campo de concentração que me parte o coração, tenho duas saídas. Ou vou de manhã ou vou à tarde, com um saldo bancário disponível para pagar a contribuição de ser jovem-licenciada-activa-há-quase-quatro-anos-sem-nunca-ter-sido-empregada-com-a-adicção-de-juros-de-mora-já-que-faltou-ao-pagamento-de-um-simples-mês-por-falta-de-verba.
Simplex é a minha conta bancária e perspectivas para emprego. Complicadex são as medidas do Governo que não dão folga a quem merece.
Bem, não fui até lá fisicamente mas considerei que já que o site das Finanças trabalha tão bem, porque não arriscar e tentar descobrir por via virtual o estado da minha situação ou situação do meu estado perante essa besta que é a SS. Sim, e para quem tem boa memória ou prestou atenção às aulas de história, SS era aquela organizaçãozinha que controlava os campos de concentração lá na horrível Alemanha nazista. Sendo politicamente correcta, neste país que é Portugal, SS é a abreviatura de Segurança Social e para mim, é tragicamente uma organização que controla os fracos e oprimidos, desempregados-que-não-são-desempregados-mas-também-não-sabem-qual-o-seu-estatuto-já-que-não-entram-nas-contas-do-estado-excepto-para-pagar-as-contribuições-da-SS-sem-ter-nada-em-troca.
E pronto, lá vou eu. Primeiro pedi a palavra-chave, recebi uma mensagem que dentro de dias, pelo tradicional correio iria ter acesso à dita cuja. Assim que chegou o envelope mágico liguei o PC e invadi a SS Directa, que é uma maneira mais simplex de conseguir obter uma coisinha má. Erro meu. Estupida. A pensar que no site da SS iria consultar o meu panorama. Ora, já que clico na barra lateral do estado das contribuições e dizem que não tenho acesso a esta área, penso, olha afinal tenho tudo em ordem.
Mas, não vá o diabo tecê-las, liguei para o numerozeco que aparece no site. Ao fim de 12m33s atendeu-me a Simpatia. Não estou a satirizar, era de facto, uma voz simpática do outro lado do telefone. Expliquei-lhe o que pretendia saber, neste caso, se possuo alguma dívida perante a SS e o montante e ainda o como para poder pagar caso fosse o caso. O raio da cachopa deixou-me de novo à espera depois de 4000 perguntas de confirmação de que seria mesmo eu ao telefone (e pelo andar da tecnologia daqui a uns tempos temos um confirmador de voz), para me trazer a excelente notícia de que... Não podia facultar essa notícia ao telefone e como tal teria que me deslocar pessoalmente à SS.
Como não tenho gosto em me enfiar naquele campo de concentração que me parte o coração, tenho duas saídas. Ou vou de manhã ou vou à tarde, com um saldo bancário disponível para pagar a contribuição de ser jovem-licenciada-activa-há-quase-quatro-anos-sem-nunca-ter-sido-empregada-com-a-adicção-de-juros-de-mora-já-que-faltou-ao-pagamento-de-um-simples-mês-por-falta-de-verba.
Simplex é a minha conta bancária e perspectivas para emprego. Complicadex são as medidas do Governo que não dão folga a quem merece.
O último incidente que me deixou boquiaberta deve-se a uma jovem universitária de S. Paulo, Brasil, que singelamente usou num dia de aulas comum, uma bruta mini saia cor-de-rosa choque. Para meu espanto, porque considero o nosso país irmão pioneiro nessas amostragens de carne fresca, os alunos revoltaram-se e a pobre coitada teve que sair do complexo universitário escoltada pela polícia e pior, tapada por um casacão branco que escondia os conteúdos físicos. As pernas, quero eu dizer, pernas!
Ora, se não estou em erro, é igualmente nesta nossa ex-colónia que não se pode fazer topless. Percebo, o cancro é uma doença que necessita de toda a prevenção possível. Até aqui, até um babuíno defende a causa. Mas, pelo que também sei e é facto constatado que nesse mesmo país, cujas praias detêm uma beleza inigualável, se esbanjam corpos 'sarados', entre fio-dentais e 'sungas'. Ouvi ainda dizer, que lá, o que por muitos é considerado promiscuidade, os meninos e as meninas ficam, vão ficando... Traduzindo para um português perceptível, trocam, com bastante frequência, fluidos corporais. É neste lugar tão liberal, livre e progressivo que se dão tamanhas atrocidades.
Agora, num senso de justiça, pergunto-me se poderíamos aplicar à jovem universitária o princípio bíblico de Madalena: quem nunca pecou que atire a primeira pedra. Quer o que esteja por detrás desta mini saia tão exuberante, alguém merece ser discriminado desta forma? Quem nunca pôs (e esta questão também se aplica aos homens que se mascaram de mulher no Carnaval) uma boa pernoca de fora? Eu não prescindo do meu belíssimo cinto, perdão, mini saia e muito menos, Mary Quant que nesta altura do campeonato bateu botas porque nem na sua era mais revolucionária, esta peça de indumentária, teve direito a tanto rebuliço.
Com isto, aproveito para dizer que a jovem universitária, seus leigos, estava a fazer um grande favor à humanidade ao apresentar-se com roupa tão reduzida: a combater o aquecimento global. Prova disso, fica aqui um vídeo que provavelmente vai ser banido pelo povo brasileiro, devido a conteúdo impróprio: pernas à mostra.
Já agora, juntem-se à causa. Vale a pena! Strip pelo Aquecimento Global
Ora, se não estou em erro, é igualmente nesta nossa ex-colónia que não se pode fazer topless. Percebo, o cancro é uma doença que necessita de toda a prevenção possível. Até aqui, até um babuíno defende a causa. Mas, pelo que também sei e é facto constatado que nesse mesmo país, cujas praias detêm uma beleza inigualável, se esbanjam corpos 'sarados', entre fio-dentais e 'sungas'. Ouvi ainda dizer, que lá, o que por muitos é considerado promiscuidade, os meninos e as meninas ficam, vão ficando... Traduzindo para um português perceptível, trocam, com bastante frequência, fluidos corporais. É neste lugar tão liberal, livre e progressivo que se dão tamanhas atrocidades.
Agora, num senso de justiça, pergunto-me se poderíamos aplicar à jovem universitária o princípio bíblico de Madalena: quem nunca pecou que atire a primeira pedra. Quer o que esteja por detrás desta mini saia tão exuberante, alguém merece ser discriminado desta forma? Quem nunca pôs (e esta questão também se aplica aos homens que se mascaram de mulher no Carnaval) uma boa pernoca de fora? Eu não prescindo do meu belíssimo cinto, perdão, mini saia e muito menos, Mary Quant que nesta altura do campeonato bateu botas porque nem na sua era mais revolucionária, esta peça de indumentária, teve direito a tanto rebuliço.
Com isto, aproveito para dizer que a jovem universitária, seus leigos, estava a fazer um grande favor à humanidade ao apresentar-se com roupa tão reduzida: a combater o aquecimento global. Prova disso, fica aqui um vídeo que provavelmente vai ser banido pelo povo brasileiro, devido a conteúdo impróprio: pernas à mostra.
Já agora, juntem-se à causa. Vale a pena! Strip pelo Aquecimento Global
Vocês às vezes, às vezes não, a maioria das vezes estão a léguas pela maneira como nos tratam. Pensam estar a agir bem e quando dão conta, já nos atropelaram com verbos e acções que nos quebram, aos poucos, cá dentro...
Ficamos sentidas com facilidade, não fossemos nós mulheres. Procuramos um pouco de atenção, nem sempre é para nada de outro mundo, é simplesmente falar e fazer-nos sentir importantes. Isso envaidece-nos. Mas não. Há sempre um outro tema presente, mais saliente no vosso pequeno cérebro que não sabe ser multifacetado quando queremos.
E nós, aqui estamos, quietas, a quebrar mais um bocadinho porque não nos entenderam. Somos assim tão diferentes? Temos mundos assim tão distintos?
Confesso. Estou sentida. Só queria falar um pouco e quando dou por mim sou despachada feito selo dos CTT. Toma lá uma lambidela e põe-te a milhas.
E eu lá voo, para outra morada.
Ficamos sentidas com facilidade, não fossemos nós mulheres. Procuramos um pouco de atenção, nem sempre é para nada de outro mundo, é simplesmente falar e fazer-nos sentir importantes. Isso envaidece-nos. Mas não. Há sempre um outro tema presente, mais saliente no vosso pequeno cérebro que não sabe ser multifacetado quando queremos.
E nós, aqui estamos, quietas, a quebrar mais um bocadinho porque não nos entenderam. Somos assim tão diferentes? Temos mundos assim tão distintos?
Confesso. Estou sentida. Só queria falar um pouco e quando dou por mim sou despachada feito selo dos CTT. Toma lá uma lambidela e põe-te a milhas.
E eu lá voo, para outra morada.
Enquanto, no silêncio da noite, estou a escrever os meus artigos The Weepies fazem-me companhia.
Porque o tempo demora sempre tanto a sarar quando mais precisamos?