Peur

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O medo mora comigo, diz Mariza. Eu tinha medo, medo de errar, de desiludir, de me entregar. O medo consumia-me. O medo seduzia-me. O medo fazia-me pisar a segurança, o certo, a determinação. Agi sempre por medo. Até hoje.
Hoje fechei os olhos, mergulhei em mim e deixei-me ir até onde a vontade e o desejo quiseram. Fui, simplesmente. Fui e voltei. Fiel a mim própria, igual a mim, sem pedaços arrancados a ferro, sem portas fechadas a sete chaves, sem medo. Falhei, envergonhei-me, errei, acima de tudo senti e vivi.
Hoje deixo que o medo seja um pequeno acompanhante e não a minha definição. Levei tempo para discernir o certo neste incorrecto mas sempre tão linear a quem sou. Só hoje é que percebi que sem este véu pintado, tatuo o medo em mim.

Sushi do Dia

A nossa visão só se torna clara quando conseguimos olhar para dentro de nós. Quem olha para fora, sonha; quem olha para dentro, desperta.
Carl Jung

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