Praia

14:56

No sábado, quando o índice de UV voltava a atingir valores máximos, fui para a praia com um grande objectivo: sair de lá colorida! Chega de ser confundida com a areia, chega de ter um ar bege. Portanto, qualquer outra cor era solução, nem que ficasse com o ar de estrangeira que não tenho.
E lá estava eu, deitada naquela belíssima e exótica praia (que aniquilava qualquer presença bimba) quando comecei a ter uma visão. Calculei que fosse do calor, que me altera sempre o sistema hormonal e bloqueia o cérebro. Decidi dar uns mergulhos, refrescar as ideias e abrir os olhos debaixo de água para me limpar a córnea. Pensei que fosse suficiente para ver melhor. Não é que o raio da visão se manteve durante todo o dia? E que visão. Tinha uma opinião muito peculiar sobre os atletas das raquetes, achava que acima do prazer do jogo, estava a exibição corporal. Considerava isto, no mínimo ridículo. Até que uma visão me fez vislumbrar verdadeiramente a razão dessa jogatana. E ficou tudo esclarecido.
Só à noite é que não fui capaz de rever a minha visão porque não funciono muito bem com lusco-fusco, piscas e multidões.

Sushi do Dia

A nossa visão só se torna clara quando conseguimos olhar para dentro de nós. Quem olha para fora, sonha; quem olha para dentro, desperta.
Carl Jung

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