Para a pequena Maria

21:05


Sabes Maria, quando soube de ti o meu coração encheu-se de alegria, embora eu estivesse naufragada em amargura. Foste um sopro de esperança, de futuro, de sorrisos, de amor puro. Amor incondicional instantâneo. Desses que não se arranja receita nem no Google da internet.
Os meses passaram. Vi-te a crescer à distância. Um pé espetado na barriga, ou uma possível bochecha a aguardar um beijo requentado, só que por vezes fazias-nos lembrar um pequeno ET a movimentar naquele universo maternal. Era estranho (prometi-te enquanto tia contar-te toda a verdade), mas curioso. Fizemos apostas: serás igual à mami, igual ao papi e para mim, serias um niquinho igual a mim. Tentei dar-te peso, tamanho e acertar na hora e dia de nascimento. Afinal foste tão genuinamente suíça quanto eu, nasceste no dia que te estava destinado, um mês de distância do meu. E é assim que vamos vivendo pequena Maria, na distância de um tempo que nos afasta e aproxima, numa terra que anda às voltas e quantas voltas dá e tu já cá estás.

Hoje, depois de nove meses (e agora já com um dia), encheste a minha vida de alegria. E só por dias assim, devia ser para sempre 21.

Com amor incondicional.
a tua tia

Sushi do Dia

A nossa visão só se torna clara quando conseguimos olhar para dentro de nós. Quem olha para fora, sonha; quem olha para dentro, desperta.
Carl Jung

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