O deserto de vento faz-nos levantar voo. Perguntou-me por onde queria flutuar, dentro de uma cesta, acho que era de verga, com sacos de areia dependurados do lado de fora. Não me importa por onde, retorqui. Quero voar. Essa liberdade de ganhar asas postiças, pertence-nos.
Deixámos cair o primeiro. A leve brisa deu um empurrão, sacudiu a cesta e fez-nos sentir como plumas. Sem grandes atribulações, sem grandes emoções, apenas uma estranha sensação de leveza. Desliguei a cabeça e mergulhei nesse mar de imagens ao meu redor. O mundo até que é redondo, esquartejado entre verdes, castanhos e amarelos, agricultura de retalho. Estou à altura dos pássaros, são maiores do que os meus olhos permitem observar lá de baixo, espero que nenhum se lembre de perfurar a lona do balão. Cai mais um saco. Elevamos de novo o espírito. Segue leve, solto. Em direção ao sol, não há volta a dar.
O céu, ainda que cigano, revela as primeiras estrelas.
Deixámos cair o primeiro. A leve brisa deu um empurrão, sacudiu a cesta e fez-nos sentir como plumas. Sem grandes atribulações, sem grandes emoções, apenas uma estranha sensação de leveza. Desliguei a cabeça e mergulhei nesse mar de imagens ao meu redor. O mundo até que é redondo, esquartejado entre verdes, castanhos e amarelos, agricultura de retalho. Estou à altura dos pássaros, são maiores do que os meus olhos permitem observar lá de baixo, espero que nenhum se lembre de perfurar a lona do balão. Cai mais um saco. Elevamos de novo o espírito. Segue leve, solto. Em direção ao sol, não há volta a dar.
O céu, ainda que cigano, revela as primeiras estrelas.
*Cortesia Odisseias |