Há uma ritmologia lógica no compasso da vida. Vem com a melodia etérea dos anos 80, munida de complicação. E neste enredo de complexidade passa-se o tempo, passa-se a idade. Dás-te por inteiro, vives em queda livre, erras, cais, voltas atrás, e recomeças a cantar. E depois apercebes-te que afinal o que sempre fez sentido foi cantarolar as músicas que te cresciam ao ouvido, sem vergonha, ainda que o desafinar atinja notas incomensuráveis. Pouco importa. O que importa é a jornada. E a minha começou nos 80. Aquela hiperligação ao 8, dos extremos. Fazes o que fazes, quando o fazes, porque o fazes, pouco importa. O que importa é a jornada. No final de contas, é só música. E só se ama quem ouve a mesma canção.